Saúde

Vitória contra covid não será alcançada sem mudança no comportamento, diz Anvisa

Mesmo com a aprovação do uso emergencial das vacinas, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, indica que sem a mudança do comportamento social não será possível enfrentar o novo coronavírus

Maria Eduarda Cardim
postado em 17/01/2021 12:40 / atualizado em 17/01/2021 18:22
 (crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
(crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Ao abrir a reunião que decide a aprovação do uso emergencial de vacinas, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse que, mesmo com a possibilidade do uso dos imunizantes, é preciso mudar o comportamento social para enfrentar o novo coronavírus.

"O inimigo é um só. A nossa chance, a nossa melhor chance nesta guerra passa, obrigatoriamente, por uma mudança de comportamento social, sem a qual, mesmo com vacinas, a vitória não será alcançada", declarou. 

A reunião em que a Anvisa vai definir os pedidos de uso emergencial de vacinas no Brasil começou às 10h. Dois pedidos estão sendo analisados. A reunião é transmitida ao vivo e deve durar cerca de cinco horas. 

"Quis o acaso, para alguns; o destino, para outros; e a vontade de Deus,na fé inabalável deste diretor, que fossemos nós a exercer ativamente esses ofícios, e tivéssemos, portanto, a missão, a honra e o dever de bem servir ao nosso legítimo e Supremo Senhor. Que Deus nos ilumine e inspire para que, neste domingo, tomemos a melhor decisão", disse Barra Torres. 

O Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira do consórcio Astrazeneca/Oxford, entraram com requerimentos de autorização em caráter emergencial para suas vacinas em 8 de dezembro.

Segundo a Anvisa, a reunião conta com a participação de cinco diretores do órgão, e a decisão é feita por maioria simples, ou seja, três votos a favor ou contra definem o resultado. Antes da decisão, três áreas técnicas fazem apresentações: a de medicamentos, que avalia os estudos de eficácia e de segurança; a de certificação de Boas Práticas, que analisa se os locais de fabricação têm condições adequadas; e de monitoramento de eventos adversos, que monitora e investiga depois da vacinação se as pessoas tiverem alguma reação à vacina). 

No início da apresentação, Gustavo Mendes Lima Santos, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, ressaltou o aspecto histórico da decisão. "Este é um momento crítico. Este é um momento histórico. Esse tipo de autorização, a Anvisa nunca concedeu. Nunca vivemos uma situação como essa, de tanta exposição e de tanto senso de urgência e necessidade que enfrentamos neste momento", falou ele. Segundo Lima Santos, os servidores da Anvisa "estão empenhados com dedicação no senso de urgência que o caso requer". "Somos humanos, queremos que os produtos que sejam disponibilizados para o enfrentamento da pandemia sejam produtos eficazes, seguros e tenham qualidade".

Com informações da Agência Brasil

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