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IBGE: Brasil registra queda no número de casamentos com adolescentes

Levantamento indicou que, em 2019, 21.769 casamentos foram realizados com adolescentes do sexo feminino de até 17 anos, um percentual de 2,1% do total de matrimônios realizados

Natália Bosco*
Carinne Souza*
postado em 04/03/2021 16:51
 (crédito: Bruno Peres/CB/D.A Press)
(crédito: Bruno Peres/CB/D.A Press)

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (4/3) indica que os casamentos realizados com meninas de até 17 anos tiveram, em 2019, nova queda consecutiva. Desde 2011, esses matrimônios tiveram uma redução de 55%. O estudo "Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil", do IBGE, mostrou que, em 2019, 21.769 casamentos foram realizados com adolescentes do sexo feminino de até 17 anos, um percentual de 2,1% do total de matrimônios realizados no ano analisado.

Em 2019, Rondônia foi o estado que mais realizou casamentos envolvendo adolescentes (6,4%), seguido de Acre e Maranhão (ambos com 3,9%), Paraíba e Alagoas (ambos com 3,7%). Rondônia, porém, apresentou uma proporção maior dessas uniões do que a registrada em todo o Brasil em 2011. Na época, foram 48.637 casamentos realizados com adolescentes de até 17 anos, cerca de 4,7% do total.

O casamento com adolescentes menores de 16 anos é proibido desde 2019 com lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em março do mesmo ano. A proibição, porém, não evita que essas uniões sejam realizadas pelo país. Em 2019, 844 casamentos foram feitos com adolescentes com idade menor de 16 anos. Em 2018, foram 810.

Gravidez

O estudo também considerou a taxa de fecundidade entre adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos. No ano da pesquisa, essa taxa foi de 59 nascimentos a cada mil mulheres. Em 2011, essa taxa era de 64%, o que mostra que houve declínio em 2019.

Em ordem, as regiões que apresentaram maior índice foram: Norte (84,5%), Nordeste (65,2%), Centro-Oeste (62,7%), Sul (50%) e Sudeste (49,4%). O estado que apresentou maior taxa de fecundidade foi o Amazonas, com 93,2%; já a menor porcentagem foi percebida no Distrito Federal, 42,7%.

*Estagiárias sob a supervisão de Andreia Castro


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