Após participar da primeira reunião do comitê de combate à pandemia da covid-19, nesta quarta-feira (31/3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento no qual reforçou que uma campanha ágil de vacinação contra a covid-19 é a maneira para encontrar o fim da pandemia da covid-19.
O cardiologista, no entanto, pontuou que o país ainda não dispõe de uma grande quantidade de doses de vacinas para aplicar na população brasileira, mesmo com acordos já fechados. Até o momento, segundo ele, foram distribuídas mais de 34 milhões de doses aos estados.
“A campanha de vacinação ampla e ágil é o passaporte para o fim da pandemia e é esse o esforço que temos feito”, disse o ministro. Em continuação, Queiroga afirma que, apesar de já ter contratado 560 milhões de doses de vacinas, a pasta não dispõe desses imunizantes no departamento de logística. Segundo ele, o motivo da falta de imunizantes disponíveis é a “carência de vacinas a nível internacional”.
O médico, que assumiu o Ministério da Saúde na última semana, ressaltou em sua fala que o compromisso da pasta é com “práticas científicas sólidas que possam trazer melhoras nos resultados que estamos obtendo até agora de mortalidade”. A taxa de mortalidade no Brasil é de 2,5%.
Além de reduzir a mortalidade hospitalar, Queiroga afirmou que o ministério pretende, através de controle epidemiológico, reduzir o número de casos que pressionam o sistema de saúde. Na gestão anterior, o foco estava na logística de distribuição para auxiliar o sistema de saúde a receber os casos da covid-19.
Protocolos
Junto a especialistas da área, o ministro anunciou a criação de uma secretaria extraordinária voltada à elaboração de protocolos que orientarão, com base na ciência, as condutas hospitalares e sanitárias no combate à pandemia. Como exemplo, Queiroga citou os trabalhos voltados ao uso racional do oxigênio hospitalar. "Uso racional, não é racionamento. Devemos ofertar para quem precisa. Observar nos hospitais se não há perdas na tubulação. Ou seja, poupar esse recurso para quem precisa deles".
No âmbito da circulação e transmissão do vírus em equipamentos de transportes compartilhados, o ministro reconheceu o ambiente como ponto sensível e afirmou que discute, junto ao Ministério da Infraestrutura, "a adoção de políticas nos transportes públicos que possam resultar em menor potencial de contaminação das pessoas".
Queiroga desconsiderou a adoção de "medidas extremas" que, segundo ele, "não são bem vistas pela sociedade brasileira e têm dificuldade de adesão". Para manter as flexibilizações mínimas, afirmou, no entanto, ser necessário o cumprimento das medidas de contenção do vírus, como uso de máscaras, distanciamento físico e isolamento social. "Se fizermos todas essas ações de maneira efetiva, vamos ter melhores resultados".
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