Um dia após ser pressionado por governadores que pediram urgência na imunização contra a covid-19 de profissionais do sistema de segurança público e da educação, o Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (31/3), que antecipará a vacinação das forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas, grupo que, segundo a pasta, atua diretamente nas ações de enfrentamento à pandemia.
A pasta informou que, a partir de amanhã, serão enviadas, “de maneira escalonada e proporcional”, doses exclusivas para a vacinação dos seguintes profissionais, ordenados por prioridade: trabalhadores envolvidos no atendimento e/ou transporte de pacientes; profissionais envolvidos em resgates e atendimento pré-hospitalar; trabalhadores envolvidos diretamente nas ações de vacinação contra a covid-19; e trabalhadores envolvidos nas ações de vigilância das medidas de distanciamento social, com contato direto e constante com o público, independentemente da categoria.
Esses profissionais já estavam incluídos no plano de imunização contra a covid-19, mas não seriam vacinados neste momento, já que idosos, pessoas com comorbidades, indígenas aldeados, pessoas institucionalizadas e profissionais de saúde estão na frente na fila. No entanto, alguns estados, como São Paulo, já haviam anunciado a antecipação da vacinação de profissionais da segurança.
Em nota oficial do Ministério da Saúde, a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Francieli Fontana, afirmou que a pasta reconhece os esforços desses profissionais no combate à pandemia e, por isso, antecipou a vacinação de parte do grupo.
“Decidimos antecipar a vacinação de uma parcela desse grupo seguindo critérios que atendam ao Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, levando em conta a função que cada agente exerce para o combate à pandemia”, disse.
Pedido dos governadores
Em carta enviada ao Ministério da Saúde na terça-feira (30), governadores pediram uma adaptação nos critérios de prioridade do Plano Nacional de Imunização contra a covid-19. No caso dos profissionais de segurança, a justificativa é a rotina de trabalho visando a proteção da população, atividade considerada pelos gestores como linha de frente.
A carta pede, ainda, a inclusão de professores já nesta primeira fase de vacinação. Mas o Ministério da Saúde não anunciou nenhuma mudança quanto à imunização do grupo de profissionais da educação.
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