Pandemia

Parques da indústria de vacinas animais podem produzir a CoronaVac

As unidades podem, em 90 dias, produzir cerca de 400 milhões de doses, que viriam a se somar às cerca de 560 milhões já contratadas pelo Ministério da Saúde

Simone Kafruni
postado em 31/03/2021 23:30 / atualizado em 31/03/2021 23:30
 (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)
(crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

No fim da sessão plenária desta quarta-feira (31/3), o senador Wellington Fagundes (PL-MT) fez um apelo ao presidente do Senado, Roberto PAcheco, para que avancem as tratativas de utilizar três parques industriais de vacinas veterinárias para produção do imunizante CoronaVac, que já tem o acordo com o Brasil e o compromisso de transferência tecnológica. Segundo o parlamentar, as unidades podem, em 90 dias, produzir cerca de 400 milhões de doses, que viriam a se somar às demais já contratadas pelo Ministério da Saúde.

"Esse assunto já vem sendo tratado desde fevereiro. Eu pedi empenho ao presidente do Senado junto ao Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para definir isso o mais rapidamente possível", explicou.

Fagundes disse que apenas dois laboratórios têm capacidade de produzir vacinas para a covid-19. "Butantan e Fiocruz, mas são mais vocacionadas à pesquisa do que à indústria. Enquanto temos indústrias, na área animal, das mais modernas do mundo. Mais especificamente da febre aftosa, o Brasil é o maior produtor", destacou.

O parlamentar ressaltou que, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), com pequenas adequações e a liberação para utilizar a célula-mãe da vacina, a produção pode começar. "Essas três unidades podem dedicar suas linhas de produção regulares à fabricação de vacinas contra a covid-19", disse. "Sem quebra de patente", garantiu. Resta, portanto, aguardar as autorizações, concluiu.

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