VACINAÇÃO CONTRA COVID-19

Após reunião com governadores, China libera novo lote de insumos para vacina

Embaixador do país asiático anunciou liberação da matéria-prima para a fabricação de 16,6 milhões de doses dos imunizantes CoronaVac e AstraZeneca contra o novo coronavírus

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, confirmou nesta quinta-feira (20/5), a liberação de novo lote do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima utilizada na produção de vacinas contra o novo coronavírus, ao país. De acordo com o embaixador, o lote será suficiente para fabricar 16,6 milhões de doses dos imunizantes CoronaVac e Oxford/AstraZeneca.

O anúncio foi feito após reunião com o Fórum dos Governadores, com a participação de João Doria (PSDB-SP), Waldez Góes (PDT-AP), Flávio Dino (PCdoB-MA) e Wellington Dias (PT-PI).

“Informei a liberação dos novos lotes de IFA para produzir no total 16,6 milhões de doses da CoronaVac e vacina AstraZeneca, que chegarão no Brasil nos próximos dias. A China, fraterna com o povo brasileiro, está comprometida em parceria de vacinas”, escreveu Wanming no Twitter.

Na última segunda-feira (17), Doria havia anunciado que o Instituto Butantan, responsável pela produção da vacina CoronaVac, recebeu da China a previsão do envio de uma nova remessa de insumos ao Brasil para produção do imunizante. Um novo lote com 4 mil litros de matéria-prima, “capazes de produzir 7 milhões de doses da vacina”, estaria previsto para chegar na próxima sexta-feira (28).

Relação diplomática Brasil x China

Durante o encontro com o representante chinês, João Doria e o diretor do Butantan, Dimas Covas, reforçaram a urgência do envio de IFA ao Brasil. Em 13 de maio, o Butantan anunciou que iria parar a produção da CoronaVac por falta de insumos para a produção da vacina: “O Butantan aguarda autorização do governo chinês para a liberação de mais matéria-prima necessária para a produção da vacina. Questões referentes à relação diplomática Brasil x China podem, sim, estar interferindo diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos“.

Na ocasião, o governador de São Paulo atribuiu a dificuldade na exportação da matéria-prima a “entraves diplomáticos” em razão da postura do presidente Jair Bolsonaro e de integrantes do governo federal em relação ao país asiático. 

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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