Um brasileiro foi encontrado morto no Denali National Park, que fica no Alasca, Estados Unidos. Sandro Simão, de 35 anos, foi achado sem vida por guardas florestais em 2 de julho, mas só nesta quinta-feira (22/7) as autoridades americanas confirmaram a identidade como sendo do advogado carioca.
Sandro Simão tinha embarcado em uma viagem pelo mundo em maio após descobrir uma doença terminal. Ele estava com a data marcada de volta para o dia 2 de julho, exatamente o data que o corpo foi encontrado.
De acordo com a advogada da família Karina Costa, o governo brasileiro e o norte-americano foram omissos em relação ao caso e poucos informações estão sendo repassadas. "Não se sabe onde no parque que ele foi encontrado, qual foi o motivo da morte, não se sabe se foi feito necropsia. O Itamaraty e o Consulado não me dão respostas. Eu estou cobrando muito. A gente quer o corpo para enterrar aqui e fazer uma necropsia, para saber se era realmente uma doença terminal, se esse corpo foi violado...", afirma.
Além disso, a representa da família diz que o corpo a ser confirmado como o do brasileiro porque eles estavam tentando fazer a identificação por uma tatuagem. Enquanto isso, a família não foi avisada de que tinha uma pessoa que possivelmente pudesse ser ele. "Eles não estão dando uma ampla assistência para a família. Dava para identificar pelas digitais. E não teve nenhuma pressão do governo brasileiro no americano. Se fosse uma situação inversa teria uma pressão gigantesca", compara. A advogada disse que está em contato com o Consulado do Brasil nos Estados Unidos tratando sobre o translado do corpo dele para o pais.
Procurado pelo Correio, o Itamaraty afirmou, por meio de nota, que está com acompanhamento o caso por meio do Consulado-Geral em São Francisco. O Ministério explicou que em casa de falecimento de brasileiro no exterior, os consulados prestam orientações aos familiares, expede documentos e apoia os contatos com autoridades locais. O órgão ainda disse que só foi informado pelas autoridades locais do Alasca que um corpo fora encontrado e que havia uma investigação em andamento sobre sua identidade na noite do dia 15 de julho.
Leia a nota na íntegra:
Itamaraty acompanha o caso e, por intermédio do Consulado-Geral em São Francisco, vem prestando toda a assistência consular possível à família. O Consulado está em contato com as autoridades norte-americanas envolvidas e com a família.
Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito. O traslado ou não dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior para o Brasil é uma decisão da família. Não há previsão regulamentar e orçamentária para o pagamento do traslado com recursos públicos.
Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.
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