Gestação

Brasil lidera número de mortes maternas por covid-19, aponta relatório

Em BH, das quase 26 mil gestantes e puérperas pouco mais de 50% receberam a primeira dose da vacina; no grupo, a taxa de mortalidade pelo coronavírus é de 7,2%

Ana Laura Queiroz* - Estado de Minas
postado em 19/08/2021 18:10 / atualizado em 19/08/2021 21:34
 (crédito: Pixabay/Reprodução)
(crédito: Pixabay/Reprodução)

O Brasil é o país com o maior número de mortes maternas devido à COVID-19. Segundo o Boletim da Fiocruz, um estudo sobre a pandemia nas Américas, publicado em maio pela Organização Pan-Americana da Saúde, em 2020, foram relatadas no país 560 mortes de mulheres grávidas e puérperas por complicações causadas pelo vírus. Em 2021, os óbitos maternos já superaram o número relatado no ano anterior:

1.156 mortes de mulheres do grupo foram registradas. A maioria delas, durante a gestação.

A taxa de mortalidade por COVID-19 entre mulheres grávidas e puérperas no Brasil é de 7,2%. O percentual representa mais que o dobro da atual taxa de letalidade do restante da população no país, que é de 2,8%. Os dados são do Boletim do Observatório COVID-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em junho deste ano.

Das quase 26 mil mulheres residentes na capital mineira e pertencentes ao grupo, pouco mais de 50% receberam a primeira dose do imunizante contra o coronavírus. Os números foram estimados pela prefeitura de Belo Horizonte.

Gestação Segura

Com base nesses números, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) voltou o seu olhar para medidas que reforcem a vacinação de gestantes no estado. Frente ao desafio da imunização contra a COVID-19 das grávidas e puérperas, o órgão lança a Campanha de Educação para a Vacinação de Gestantes - “Gestação Segura”. 

A campanha ocorre nas redes sociais e pretende facilitar o compartilhamento de informações sobre a importância da vacinação e as medidas de prevenção à doença. Ainda, a manutenção das medidas de isolamento social, uso de máscaras PFF2, higiene das mãos e, especialmente, não aglomeração A principal pauta, além de fortalecer a importância da imunização, é relembrar que a pandemia ainda não acabou. Portanto, todos ainda estão expostos a infecções, complicações e mortalidade.

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