Covid-19

Pfizer pede a Anvisa que autorize vacinação para crianças de 5 a 11 anos

Farmacêutica informa na solicitação que dosagem da vacina para faixa etária será ajustada e menor do que aquela utilizada por maiores de 12 anos. Prazo de avaliação do órgão regulador é de até 30 dias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu a solicitação da Pfizer para incluir a faixa etária de 5 a 11 anos na indicação da sua vacina contra a Covid-19 (Comirnaty®). O pedido entrou na Anvisa nesta sexta-feira (12/11) e terá o prazo de avaliação do órgão regulador de até 30 dias.

O pedido da Pfizer informa que a dosagem da vacina para a faixa etária será ajustada e menor do que aquela utilizada por maiores de 12 anos. Dessa forma, a proposta é ter frascos diferentes, com dosagem específica para cada grupo (maiores ou menores de 12 anos). Segundo a empresa, os frascos serão diferenciados pela cor.

Segundo a Anvisa, a análise técnica feita pela será feita de forma rigorosa e com toda a cautela necessária para a inclusão deste público específico. 

A vacina da Pfizer está registrada no Brasil desde 23 de fevereiro de 2021. O registro inicial contemplou pessoas com mais de 16 anos. No dia 11 de junho, a Anvisa autorizou a inclusão da faixa etária de 12 a 15 anos.

Como é a análise?

Segundo nota da Anvisa, a solicitação de inclusão de uma nova faixa etária, ou seja, uma nova indicação na bula, deve ser feita pelo laboratório desenvolvedor da vacina. "Para incluir novos públicos na indicação de uma bula, o laboratório precisa conduzir e apresentar estudos que demonstrem a relação de segurança e eficácia da vacina para a nova faixa etária", explica.

A agência conta também que, no caso de vacinas para o público infantil, alguns dos principais pontos de atenção da Anvisa se referem aos dados de segurança e eventos adversos identificados, ajuste de dosagem da vacina, fatores específicos dos organismos das crianças em fase de desenvolvimento, entre outros.

Ameaças

No fim de outubro, a agência divulgou que seus diretores receberam ameaças de morte na hipótese de aprovação do uso do imunizante para crianças. O órgão regulador oficiou entidades policiais e o Ministério Público para investigar o ocorrido. Na semana passada, os diretores voltaram a receber ameaças por causa da possibilidade de autorização da vacinação de crianças contra a covid-19.

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