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DPU entra com ação contra Inep para explicar suposto vazamento no Enem

O presidente Jair Bolsonaro disse que Enem tem "a cara do governo", despertando dúvidas sobre sigilo da prova e fazendo autoridades entrarem com ações na Justiça

A Defensoria Pública da União (DPU) pediu que a Justiça Federal de São Paulo obrigue o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a apresentar documentos que comprovem medidas para garantir a segurança do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A DPU pede explicações sobre quais medidas foram e estão sendo adotadas para que a saída de servidores que atuavam diretamente no Enem não coloque em risco a segurança do exame contra o vazamento de informações e contra fraudes.

Entenda o caso

Suspeitas de interferência e censura na produção da prova, denúncias de assédio moral contra servidores e evidências de que o número de pobres inscritos caiu drasticamente marcam a edição de 2021 do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a principal porta de entrada no ensino superior brasileiro e cuja primeira prova será realizada no domingo (21/11).


As polêmicas foram ativamente alimentadas pelo presidente Jair Bolsonaro ao longo da última semana, em particular quando disse que "o Enem começa a ter a cara do governo" — forçando o ministro da Educação a ter que se explicar perante o Congresso.