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TCU abre investigação para apurar ilegalidades no Enem

Danilo Dupas disse no Senado Federal que não há qualquer risco na realização da prova. No entanto, a oposição da Câmara dos Deputados entrou com um pedido para checar ações tomadas pelo órgão

EuEstudante
postado em 19/11/2021 12:55 / atualizado em 19/11/2021 13:09
 (crédito:  BARBARA CABRAL/ESP.CB/D.A)
(crédito: BARBARA CABRAL/ESP.CB/D.A)

Apesar do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas, disse que “não há qualquer risco” na realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os senadores pediram ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de uma auditoria operacional no órgão. O órgão em questão abriu, nesta sexta-feira (19), a investigação para apurar ilegalidades cometidas na organização da prova.

A ação, apresentada pela oposição da Câmara dos Deputados, tem a premissa de uma verificação no Inep. Os parlamentares querem descobrir se ele está apto para elaborar e aplicar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que está previsto para ocorrer nos próximos dias 21 e 28. O órgão passa por uma crise institucional, na qual 37 funcionários e dois coordenadores estratégicos pediram exoneração, todos alegando assédio moral por parte do presidente.

"O Inep já está no quinto presidente em menos de três anos de governo, além disso, houve uma redução no orçamento do instituto e tivemos manifestações de servidores denunciando assédio e interferência política na elaboração das provas. São fatos graves e que devem ser apurados”, defendeu Leila Barros (Cidadania-DF).

Deputados que não são da oposição também se manifestaram, como é o caso de Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação: “Educação é coisa séria. O Inep está no quinto presidente somente neste governo. Algo está ocorrendo fora dos trilhos e do esperado. As denúncias desses servidores nos preocupam ainda mais porque tudo o que a gente quer e busca é que a ciência seja deslocada ao máximo de questões ideológicas. Não podemos ficar calados ou indiferentes quanto a isso”.

Marília Arraes (Psol-PE) disse em suas redes sociais que a exigência é ter um Enem sério e digno para os estudantes brasileiros. "Vai ter luta", afirma.

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