Após casos da ômicron, SP recua e mantêm obrigatoriedade de máscara ao ar livre

Três casos da variante ômicron foram identificados em São Paulo nesta semana. Réveillon na capital paulista também foi cancelado

Maria Eduarda Cardim

postado em 02/12/2021 14:25 / atualizado em 02/12/2021 16:56

(crédito: Fábio Vieira/Estadão)

Após identificar três casos da nova variante do novo coronavírus, a ômicron, o estado de São Paulo recuou na decisão de desobrigar o uso de máscaras em espaços abertos, que estava prevista para acontecer na próxima semana. Nesta quinta-feira (2/12), o governo paulista anunciou que vai manter a obrigatoriedade do uso de máscara ao ar livre. 

A recomendação veio do Comitê Científico do Governo do Estado, após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pedir ao grupo um novo parecer sobre a medida diante da confirmação dos dois primeiros casos da nova variante.

“Decidimos adotar essa medida por prudência com o cenário epidemiológico no estado. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução. O nosso maior compromisso é com a saúde da população”, disse Doria.

Na quarta-feira (1º), outro caso da nova cepa foi identificado em São Paulo pelo Instituto Adolfo Lutz, que fez o sequenciamento genético dos testes positivos para a covid-19 de viajantes que retornaram do continente africano.  

Réveillon

O governo paulista previa a flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos a partir do próximo dia 11, mas como ainda há incertezas quanto ao impacto da variante ômicron, e os períodos de Natal e do Ano Novo provocam mais aglomerações, o estado preferiu dar um passo para trás.

Ainda nesta quinta, o secretário municipal de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, anunciou o cancelamento das festas de Réveillon na capital paulista. A medida foi baseada no estudo da Coordenaria de Vigilância em Saúde (Covisa).

O Rio de Janeiro também se prepara para que variante ômicron não cause muitos impactos no número de novos casos e mortes pela doença e, por isso, ampliou a lista de locais que deverão exigir comprovante de vacinação contra o coronavírus.