Violência

Preço da carne pode ter motivado assassinato de mulher no réveillon

Rosângela Marcoski, de 26 anos, foi golpeada nas costas durante uma confraternização em Videira, interior de Santa Catarina. Segundo a polícia, todos os presentes estavam embriagados

Correio Braziliense
postado em 07/01/2022 17:27 / atualizado em 07/01/2022 17:28
Rosângela chegou a ser socorrida, mas não resistiu às perfurações, de espeto ou faca, nas costas -  (crédito:  rosa.ngela7171/Instagram/Reprodução)
Rosângela chegou a ser socorrida, mas não resistiu às perfurações, de espeto ou faca, nas costas - (crédito: rosa.ngela7171/Instagram/Reprodução)

O assassinato da jovem Rosângela Marcoski, de 26 anos, em Videira, Santa Catarina, pode ter sido causado por uma discussão trivial: uma discussão pelo preço da carne. Durante uma confraternização de ano-novo na noite de 31 de dezembro de 2021, ela foi golpeada nas costas, possivelmente com um espeto de churrasco — ou uma faca — pelo próprio cunhado. Rosângela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

Desde então, o crime está sendo investigado pela Polícia Civil do estado, mas os agentes estão com dificuldade para explicar a motivação. Isso porque, segundo o delegado Ismael Gustavo Jacobus Marmitt, responsável pelo caso, as mais de 20 testemunhas presentes no momento estavam embriagadas, incluindo o autor dos golpes.

"As testemunhas sequer conseguiram explicar o que motivou, mas mencionaram que poderiam ter se iniciado por causa do preço da carne. A embriaguez alcoólica era evidente, especialmente do autor, que eu nem consegui interrogá-lo após a prisão em flagrante. Ele estava num estado de embriaguez elevadíssima. Dias depois, ele foi interrogado no presídio, disse que não lembrava dos fatos e preferiu ficar em silêncio", explicou em entrevista ao jornal O Globo.

O autor do crime é um homem de 21 anos que não teve a identidade revelada. Natural do Paraná, ele está preso preventivamente em Videira. A polícia aguarda a divulgação do laudo pericial para ter mais detalhes do que aconteceu e ainda não descarta que o assassinato seja classificado como feminicídio. No fim da investigação, o homem pode ser indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e fútil, por recurso que dificultou a defesa da vítima.

 

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