Vida animal

PF e MPF investigam morte de três girafas trazidas da África do Sul para zoo do RJ

Os animais fugiram do local onde estavam em quarentena. Biólogo denuncia maus-tratos

Correio Braziliense
postado em 25/01/2022 22:38
 (crédito: Sonja Metzger/Divulgação)
(crédito: Sonja Metzger/Divulgação)

A morte de três girafas no Rio de Janeiro virou caso de polícia. Em novembro, um grupo com 18 girafas desembarcou no Brasil vindas de Joanesburgo, na África do Sul. A nova casa delas seria o Bioparque, novo zoológico do Rio de Janeiro.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou a importação dos animais, que custou cerca de R$ 6 milhões. Antes de ir para o Bioparque, as girafas tiveram que passar por uma quarentena de adaptação no Resort Sarafi Portobello, em Mangaratiba. Mas a estadia se estendeu por mais de dois meses em um local que, segundo denúncia de um ambientalista, é pequeno e não adequado para bichos do porte das girafas.

No dia 14 de dezembro, os veterinários levaram o grupo para tomar banho de sol. Seis delas acabaram derrubando as cercas de madeira e fugindo. Todas foram encontradas, mas três acabaram morrendo logo após a fuga. Até o momento, ainda não se sabe a causa das mortes.

Na quarta-feira (19/1), o Ibama aceitou uma denúncia de um ambientalista que disse que os animais estavam em um local não apropriado, com pouca entrada de luz e ar. Segundo Ramiro Dias Neto, veterinário do BioParque, ouvido pelo jornal O Globo, ainda não foi possível identificar a causa da morte, mas não houve choque e nem batida nas girafas durante a fuga.

“Elas foram resgatadas vivas. Esses animais selvagens, quando se estressam, têm muitas alterações metabólicas. Acredito que a causa tenha sido essa, mas só o laudo da necropsia vai poder confirmar. Eles estão sendo feitos por um laboratório independente e estão na iminência de serem entregues”, disse ao jornal carioca.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) receberam denúncias e estão investigando o caso. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vistoriou o local antes da chegada das girafas, e informou que estava em boas condições. De acordo com o Instituto, o laudo sobre a causa da morte dos animais deveria ser entregue no dia 21 de janeiro, depois o prazo foi prorrogado para dia 25, mas até o momento não foi entregue.

 

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