Pandemia

Anvisa, Conass e Conasems se reúnem para discutir vacinação infantil contra covid

Instituições se reuniram para aprimorar as recomendações feitas pela Anvisa para a vacinação das crianças de 5 a 11 e garantir uma vacinação segura para todas as crianças do Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou nesta quinta-feira (6/1) uma reunião com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e com o Conselho Nacional do Secretários Municipais de Saúde (Conasems) para aprimorar as recomendações feitas pela Agência para a vacinação das crianças de 5 a 11 anos contra covid-19. Segundo o órgão, o objetivo é garantir uma vacinação segura para todas as crianças do Brasil.

Com a aprovação da indicação da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos em 16 de dezembro, a Anvisa fez uma série de recomendações para garantir que as crianças recebam a dose correta, na diluição prescrita e aplicada da forma adequada.

“A vacina da Pfizer para crianças traz uma distinção muito importante na forma de apresentação: a tampa laranja. Esse aspecto deve ajudar as equipes de saúde, pais, mães e responsáveis no acompanhamento da vacinação”, explicou o órgão regulador. Para os maiores de 12 anos, o imunizante, que é aplicado em doses de 0,3 mL, tem a tampa de cor roxa.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prevê que as doses da vacina contra a covid-19 para imunizar crianças entre 5 e 11 anos chegarão ao Brasil e serão distribuídas "a partir de 10 de janeiro". O Ministério recuou da exigência de prescrição médica e autorizou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. De acordo com a pasta, as duas doses devem ser aplicadas no intervalo de oito semanas, superior aos 21 dias especificados na bula do imunizante da Pfizer.

Dispensar a prescrição médica vai ao encontro do que era defendido pelo Conass e Conasems, além da maioria dos que participaram de consulta pública aberta pela pasta. Consulta essa que foi um dos mecanismos do Governo para postergar a decisão sobre a aplicação dos imunizantes no público infantil, duramente criticados por especialistas e pela própria Anvisa.

“A Anvisa, o Conass e o Conasems permanecerão em diálogo para que as orientações sejam aprimoradas e o Brasil, mais uma vez, obtenha sucesso na campanha vacinal e no controle da pandemia de Covid-19. Para que isso ocorra, precisamos alcançar toda a população, inclusive as crianças de 5 a 11 anos”, declararam as instituições, em nota conjunta.

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