Desrespeito

Funerária coloca papéis picados dentro de caixões e ao lado de corpos

Duas famílias denunciaram a funerária e registraram boletins de ocorrência na PM de Uberaba; empresa responsabilizou funcionários pelo 'procedimento equivocado'

Renato Manfrim - Especial para o EM
postado em 20/04/2022 10:10 / atualizado em 20/04/2022 10:10
 (crédito: PMMG/Divulgação)
(crédito: PMMG/Divulgação)

A Polícia Militar (PM) de Uberaba foi acionada duas vezes na capela do Cemitério São João Batista, nessa segunda-feira (18/4), quando famílias registraram boletins de ocorrência contra uma funerária de Uberaba.

As duas ocorrências tiveram como testemunha o vereador Pastor Eloisio José dos Santos (PTB) e os dois casos são semelhantes.

Em sessão da Câmara Municipal de Uberaba (CMU) de ontem (18/4), o vereador falou sobre os supostos crimes, que aconteceram da seguinte forma, segundo ele: primeiro, o funcionário da funerária afirmou aos familiares que não poderiam abrir os caixões, mas durante os velórios as famílias recebem a informação de funcionários do cemitério que já está liberada as aberturas dos mesmos. Mas, quando os caixões são abertos, para espanto das famílias e amigos, ao lado dos falecidos, ao invés de flores, papéis picados.

“Eu estive nos velórios e eles me pediram uma atitude. Então eu chamei a polícia e vou cobrar desse empresário (dono da funerária) que traga uma resposta para as famílias’, disse o vereador, com indignação.

Segundo informações de uma testemunha à Coluna Sentinela, do Jornal da Manhã, representante da funerária esteve na capela do Cemitério São João Batista e disse que o uso do papel picado nos caixões não era adequado e que não é procedimento adotado pela empresa.

Ele responsabilizou funcionários pelo “procedimento equivocado” e disse que tomaria providências administrativas. Ainda segundo a testemunha, ele também teria dito estar comovido com as situações, compreender a indignação dos familiares, mas que naquele momento não poderia fazer nada.

Para apurar mais detalhes dos registros das ocorrências e se as mesmas serão investigadas, a reportagem entrou em contato com as assessorias de imprensa da Polícia Militar de Uberaba e da Polícia Civil, mas não obteve respostas.


 

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