RIO DE JANEIRO

Policial Militar agride empregada doméstica após atraso, no RJ

Momento da agressão foi registrado por câmeras de segurança do prédio onde o PM mora. Polícia Civil investiga o caso

Um major da Polícia Militar do Rio de Janeiro está sendo investigado por agredir uma empregada doméstica na última segunda-feira (18/7), após ela se atrasar 20 minutos para o serviço. Câmeras de segurança em um elevador de um prédio no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade, registraram o momento em que Policial Militar Bruno Chagas, sem farda, dá um tapa no rosto de Patrícia Peixoto. 

A vítima falou em entrevista ao Uol que trabalha desde janeiro na casa da família do militar e que havia se atrasado para o serviço por conta de uma noite mal dormida ao lado da filha de 1 ano, que estava com pneumonia.

"Eu cheguei 20 minutos depois do meu horário. A mulher dele me questionou e logo atrás veio ele. A discussão aumentou e quando resolvi deixar o local, fui xingada e agredida", relatou a funcionária.

Patrícia disse ainda que Bruno estava no elevador com ela com o intuito de buscar pertences da esposa que estavam no carro da funcionária. O veículo estava emprestado ao casal desde maio.

"Falei que ia embora, mas que ia levar o meu carro que estava emprestado com eles, pois o deles deu problema. Quando o elevador desceu, saí pedindo ajuda e uma vizinha me colocou para dentro", afirmou ela, que só deixou o apartamento da vizinha após a chegada do marido.

O caso foi registrado na Delegacia do Recreio dos Bandeirantes.

Saiba Mais

Câmera de segurança

As imagens da câmera de segurança do elevador, obtidas pela Polícia Civil do Rio, que investiga o caso, mostra Bruno Chagas e Patrícia Peixoto entrando no elevador às 10h17. Na filmagem, ele aparece apontando o dedo para a cara da vítima.

Eles discutem e a funcionária se afasta. Em seguida, o PM se aproxima de Patrícia com o dedo novamente apontado para o rosto dela, que se afasta pedindo para ele retirar o dedo. Bruno então agride a mulher com um tapa no rosto e ela tenta revidar.

"Ele disse ainda que eu podia dar parte dele que nada ia acontecer, pois ele era major da PM", contou. Patrícia diz que teme por uma retaliação e que o advogado dela vai pedir uma medida protetiva contra o agressor.

A profissional deu entrevista também ao Encontro, da TV Globo, na manhã desta terça-feira (26) e contou que a agressão aconteceu na semana passada. A produção do programa entrou em contato com o major, que disse que não vai se manifestar ainda, pois esperará ter acesso aos autos para se defender.

A Polícia Militar informou, em nota, que a Corregedoria da corporação já está com as imagens que mostram a agressão e afirmou que foi aberta uma investigação sobre o caso.

Saiba Mais