Minas Gerais

UFMG recebe 'semente' para produção de vacina contra varíola dos macacos

Imunizante que será usado como 'molde' foi enviado pela agência de pesquisa médica dos Estados Unidos nesta segunda-feira (5/9)

/Estado de Minas
postado em 06/09/2022 16:34 / atualizado em 06/09/2022 16:34
 (crédito:  Divulgação/UFMG)
(crédito: Divulgação/UFMG)

A Universidade Federal de Minas Gerais recebeu, nessa segunda-feira (5/9), uma amostra da vacina contra o vírus da monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos, para começar a desenvolver um imunizante brasileiro contra a doença.

A remessa que chegou ao Centro de Tecnologias em Vacinas da universidade foi doada pelo National Institute of Health (NIH), agência de pesquisa médica norte-americana, por meio de acordo de transferência de material clínico firmado com a Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

O desenvolvimento do imunizante contra a Monkeypox no país será viabilizado com base em dois frascos do vírus Vaccínia Ankara Modificado (MVA). De acordo com o pesquisador do CTVacinas, professor da UFMG e integrante da CâmaraPox do MCTI, o material que chegou à BH é chamado de "semente".

"Estamos recebendo uma vacina que foi produzida com o vírus Vaccínia enfraquecido. Devido à semelhança genética desse vírus com o da monkeypox, ela consegue imunizar contra a nova doença, assim como protegeu contra a varíola humana no passado. É o que chamamos de proteção cruzada", diz.

Agora, os pesquisadores darão início ao trabalho que vai possibilitar a multiplicação do imunizante. Como o Brasil nunca produziu uma vacina específica contra esse vírus, Fonseca informa que a equipe do CTVacinas fará ensaios para definir os parâmetros para sua produção. Depois que o centro de pesquisa e tecnologia da UFMG estabelecer esses parâmetros, a fabricação do imunizante ficará a cargo da Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A vacina contra a monkeypox que será replicada no país é destinada a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e tem prazo de até 60 meses de validade quando conservada a temperaturas entre -60 a -40°C.

Varíola dos Macacos

Minas Gerais já registrou 308 casos de contaminação pelo vírus da Monkeypox. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, 17 novos casos foram confirmados em três dias. 

Até o momento, apenas uma morte em decorrência da doença foi registrada. O homem de 41 anos, era natural de Pará de Minas, na região metropolitana de BH e residia na capital. As idades dos pacientes contaminados variam de 18 a 61 anos e a maioria é do sexo masculino. Até o momento, apenas quatro mulheres foram contaminadas até hoje.

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