São Paulo

Justiça nega pedido de remover moradores de rua da Cracolândia

Moradores e comerciantes da região reclamam de dispersão dos usuários provocada pela ineficiência das operações da prefeitura e da PM

Mariana Albuquerque*
postado em 29/09/2022 16:32 / atualizado em 29/09/2022 16:32
 (crédito: NELSON ALMEIDA)
(crédito: NELSON ALMEIDA)

A Justiça negou o pedido para que a Prefeitura de São Paulo remova os moradores de rua que atualmente estão concentrados nas ruas Conselheiro Nébias e Vitória, no Centro de São Paulo. A solicitação veio de moradores e comerciantes locais que reclamam da dificuldade comercial e dos perigos causados pelos dependestes químicos da região. 

Segundo moradores, ações passadas, tanto da prefeitura quanto da Polícia Militar, tem espalhado os moradores pelo Centro. Eles afirmam que os problemas enfrentados começaram quando os usuários de drogas foram retirados da Praça Princesa Isabel, onde ocorria, até então, o consumo e a venda de entorpecentes.

A juíza que negou a ação afirmou que "envolve questão social complexa", e disse que o pedido foi sustentado apenas por vídeos e fotografias, "sem demonstração de qualquer requerimento administrativo formal ao ente público réu" que justifique o pedido de intervenção.

Segundo uma pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), há pelo menos 16 novos locais com concentração de pessoas em situação de rua usando drogas, sendo que os locais reúnem de 20 a 200 usuários. O mesmo estudo afirma que a forma como as operações na Cracolândia são feitas não são suficientes para acabar com o problema. 

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação