PESQUISA

Projeto com o apoio da Fiocruz faz transporte de material biológico em drones

Pesquisadores ainda querem testar o carregamento de material para a vigilância da covid-19 e da tuberculose

Correio Braziliense
postado em 05/10/2022 20:50 / atualizado em 05/10/2022 20:50
O projeto agora segue para testes com material biológico, em uma cooperação técnica com a Universidade de Brasília (UnB) -  (crédito: Divulgação)
O projeto agora segue para testes com material biológico, em uma cooperação técnica com a Universidade de Brasília (UnB) - (crédito: Divulgação)

Um projeto de uma empresa brasileira desenvolvido com a Fiocruz Brasília — em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) — e Softex tornará possível o transporte de material biológico, como amostras de sangue, tecidos e até órgãos, por meio de drones. Batizado de Scilog, o objetivo, agora, é testar o carregamento de material biológico para a vigilância da covid-19 e da tuberculose.

Luis Eduardo Ludgero, CEO da H4ndsLab, a companhia responsável pelo projeto, explica que a iniciativa surgiu quando a pesquisadora Izabela Gimenes, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), precisou transportar córneas de bois para uma pesquisa.

“Tínhamos em mãos um problema prático e que era o mesmo de muitos pesquisadores, profissionais da área de saúde e afins. Tempo e segurança no transporte se tornam cruciais e fundamentais. Podemos viabilizar, por exemplo, o transporte de órgãos para transplante ou na entrega de sangue. Acreditamos que o projeto possa acelerar o desenvolvimento de soluções para instituições de pesquisa, laboratórios e hospitais, entre outros”, relata Ludgero.

Foram feitas simulações utilizando na caixa de transporte todo o condicionamento ideal para transporte das córneas — controle de refrigeração, altitude, umidade e rastreamento. O drone conseguiu percorrer 8,2 km em 16 min, com custos 28% menores. O projeto agora segue para testes com material biológico, em uma cooperação técnica com a Universidade de Brasília (UnB) e vai transportar materiais para a vigilância do novo coronavírus e da tuberculose.

Ludgero destacou a economia e inovação do trabalho. “O teste preliminar se mostrou 28% mais barato em comparação com veículos terrestres. Mas em casos que o material necessita percorrer maiores distâncias, usando outros meios como transporte por aviões ou helicópteros, os custos podem representar até 95% menos. Ou seja, ele se mostra totalmente replicável, inclusive para ser adaptado ao sistema público de saúde”, ressalta.

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