INVESTIGAÇÃO

Família de mulher que morreu durante endoscopia em BH segue sem respostas

Polícia Civil instaurou inquérito no dia 18 de julho e até agora não concluiu as investigações. Cleonice Ribeiro morreu aos 49 anos durante exame no Barreiro

Clara Mariz - Estado de Minas
postado em 21/10/2022 09:37 / atualizado em 21/10/2022 09:37
 (crédito: Túlio Santos/EM/D.A Press)
(crédito: Túlio Santos/EM/D.A Press)

A família de Cleonice Ribeiro da Silva Soares está há três meses sem respostas sobre o que causou sua morte. A mulher faleceu aos 49 anos durante um exame de endoscopia, no dia 18 de julho, em uma clínica particular na região do Barreiro, em Belo Horizonte. À época, a Polícia Civil (PCMG) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do óbito da paciente, mas até esta quinta-feira (20/10) as investigações ainda não foram concluídas.

Ao Estado de Minas, a filha de Cleonice, Monique Aparecida Ribeiro Soares, afirmou que a espera é angustiante. Ela contou que o laudo pericial já foi finalizado e entregue à família, mas a PCMG não repassou nenhuma outra informação. “A gente conseguiu pegar o laudo da perícia médica, mas os termos são muito técnicos e não quisemos abrir. Entregamos o documento direto na mão dos advogados”.

Questionada sobre atualizações sobre o caso, a polícia afirmou, por meio de nota, que a investigação tramita na 2ª Delegacia de Polícia Civil, no Barreiro, e que “mais informações serão repassadas após a conclusão do inquérito policial''.

Relembre o caso

No dia 18 de julho, Cleonice Ribeiro apresentou um quadro de esforço respiratório após ser sedada para um exame de endoscopia em uma clínica particular no Barreiro. Rapidamente, o quadro da paciente evoluiu para uma parada cardíaca. 

Segundo a filha, Cleonice usava desde 2019 um cardiodesfibrilador, aparelho semelhante a um marcapasso. Ela acredita que a mãe tenha informado isso à equipe responsável, mas médico e enfermeira que fizeram o exame afirmam que não foram comunicados.

A equipe médica iniciou o processo de reanimação da paciente, mas ela morreu pouco depois. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e atestou o óbito.

Aos policiais, a enfermeira disse que a paciente informou ter apenas hipertensão e listou os remédios dos quais fazia uso diário. Além disso, apresentou uma ficha que continha apenas a assinatura e carimbo do médico responsável pelo procedimento.

A única documentação assinada pela paciente era uma orientação geral sobre advertências e complicações do procedimento.

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