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Caso Kat Torres: Justiça brasileira determina prisão de guru

Mandado de prisão preventiva foi determinado após suspeita de que mulher expôs pessoas a condições análogas à escravidão

Clara Mariz Roger Dias - Estado de Minas
postado em 21/11/2022 19:36 / atualizado em 21/11/2022 19:36
 (crédito: Redes Sociais / Reprodução)
(crédito: Redes Sociais / Reprodução)

A 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo determinou a prisão preventiva da guru Katiuscia Torres, de 34 anos, conhecida como Kat a Luz, por suspeita de expor pessoas a condições análogas à escravidão. A decisão publicada na quinta-feira (17/11) determina que a detenção aconteça imediatamente. No início do mês, a mulher e outras duas jovens foram presas na fronteira do Maine, nos Estados Unidos, por estarem com visto americano vencido.

A situação da guru e “life coach” ganhou repercussão após o pai de uma de suas seguidoras, a mineira Letícia Maia Alvarenga, publicar nas redes sociais pedindo ajuda para encontrar a filha que supostamente estava desaparecida. Na época, Cleider Castro Alvarenga afirmou que a filha havia abandonado o programa de au pair, um tipo de babá, depois que teria começado a seguir Kat. A denúncia de desaparecimento já foi descartada pela Polícia Civil de Minas Gerais.

Além da prisão, a Justiça brasileira ainda expediu um mandado de busca e apreensão e quebra de sigilo de dados telemáticos e telefônicos da guru. Até o momento, não há confirmação de que Katiuscia tenha sido deportada para o Brasil e presa.

Logo após a detenção na imigração norte-americana, a advogada Gladys Carolina Pires Pacheco afirmou ao jornal O Globo que a extradição das mulheres deveria ocorrer “em breve”.

Sumiço

Durante a busca por Letícia e outra seguidora de Kat, Desireê, a mineira se manifestou afirmando que não foi sequestrada nem coagida por Kate, mas que decidiu cortar relações com a família devido a abusos frequentes que teria sofrido do genitor quando era criança.

Posteriormente, Letícia, Katiuscia e Desirrê reapareceram afirmando que foram sequestradas pela modelo brasileira Yasmin Brunet. As acusações foram rapidamente desmentidas pelo próprio trio, que alegou que "tudo não passou de uma brincadeira”. “A gente não teve escolha e foi obrigada a começar a fazer deboche e piada com o caso”, escreveu a mineira no Instagram.

A conta do Instagram de Letícia acabou banida da plataforma. O perfil estava sendo usado pelo trio para mostrar o “estilo de vida” e atacar personalidades, como Yasmin. Antes disso, a mulher disse em várias publicações que não seria presa nem responderia pelas falsas acusações, por estar nos Estados Unidos.

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