CRIME

Vídeo mostra pastor de igreja fazendo saudação nazista durante culto

Após um fiel fazer um apelo para doação, o pastor falou que o homem "o persuadiu" e disse que "nem Hitler em toda a sua glória" o faria igual

Correio Braziliense
postado em 24/01/2023 08:55 / atualizado em 24/01/2023 09:04
Após vídeo em que faz saudação nazista durante um culto, o pastor Célio Longo excluiu as redes sociais -  (crédito: Twitter/Reprodução)
Após vídeo em que faz saudação nazista durante um culto, o pastor Célio Longo excluiu as redes sociais - (crédito: Twitter/Reprodução)

O pastor adventista Célio José Longo, da Igreja Adventista do Sétimo Dia Central de Cuiabá (MT), causou indignação nas redes sociais nesta segunda-feira (23/1) após um vídeo mostrar que o líder reproduziu um gesto nazista durante um culto da denominação para arrecadar alimentos.

No registro, a igreja está em uma campanha de arrecadação de alimentos e após um fiel fazer um apelo para doação, o pastor fala que o homem “o persuadiu” e disse que “nem Hitler em toda a sua glória” o faria igual, enquanto levantava o braço com a palma da mão estendida para baixo. Veja:

De acordo com a Igreja Adventista, o vídeo é de dezembro de 2021, mas só repercutiu nesta segunda-feira (23/1). Em nota, a União Centro-Oeste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia afirmou que “não compactua com qualquer tipo de atos ou palavras, ainda que ditas em tom de ironia, que expressem ou indiquem violência ou agressão contra pessoas”.

A entidade também afirmou que a administração local da Igreja Adventista adotou as medidas pertinentes, “em conformidade com seus regulamentos”, ao saber do ocorrido. No entanto, não informou quais foram as medidas tomadas.

“A denominação reforça seu amor ao próximo e seu relacionamento respeitoso com as comunidades judaicas ao redor do mundo, lamenta profundamente o episódio e pede desculpas pelo ocorrido”, acrescentou a instituição.

O vídeo foi compartilhado primeiro por uma página adventista com caráter crítico à denominação, a Adventista Subversivo, ainda na sexta-feira (20/1). No entanto, o registro só viralizou na segunda-feira (23/1), quando centenas de pessoas pediram a responsabilização de Célio.

O pastor, que ministrava a igreja — assim como a esposa — apagou as redes sociais. Até mesmo a página da igreja no Facebook foi apagada.

O Correio não conseguiu contato com Célio José Longo. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

No Brasil, a apologia ao nazismo é crime, segundo a Lei nº 7.716/1989. A Polícia Civil de Mato Grosso informou que não há boletim de ocorrência registrado sobre o episódio.

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