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Olinda proíbe venda de bebidas em carnaval para priorizar patrocinadores

A cidade é conhecida por abrigar uma das maiores festas de rua do Brasil. Segundo o vereador Vini Castello (PT), a medida é ilegal e os ambulantes não foram avisados a tempo

Correio Braziliense
postado em 14/02/2023 16:08 / atualizado em 14/02/2023 16:10
 (crédito: Leo Caldas/AFP)
(crédito: Leo Caldas/AFP)

A prefeitura de Olinda, em Pernambuco, proibiu a venda de algumas marcas de cervejas e outras bebidas no Carnaval deste ano. A cidade é conhecida por abrigar uma das maiores festas de rua do país. Marcas como Ambev, Skol, Stella Artois, Pepsi e Guaraná estão na lista de produtos proibidos.

Segundo o vereador Vini Castello (PT), a medida da prefeitura é "ilegal", pois os ambulantes foram avisados a apenas três dias do Carnaval. O parlamentar acionou o Ministério Público do estado para tentar reverter a decisão.

"Diversos comerciantes e ambulantes estão tendo que se adequar as normas impostas pela gestão que aparecem de maneira tardia. É um desrespeito gigantesco com quem depois de dois anos sem carnaval e após uma pandemia se programou para comercializar e ter o pão de cada dia", escreveu o vereador no Twitter.

Ao Correio, a prefeitura de Olinda informou que só serão permitidas as vendas de produtos de patrocinadores do carnaval deste ano. Pitú, Devassa, Heineken Coca-Cola, Kuat e Schweppes são algumas das bebidas liberadas para a comercialização durante a folia.

"Já é de ciência dos comerciantes e ambulantes que comercializam durante o período do Carnaval de Olinda, que as cervejas e produtos derivados devem ser os produtos do patrocinador oficial da festa. Ou seja, assim como acontece nos carnavais de outras grandes cidades pelo Brasil, só é permitida a venda de produtos do patrocinador. A medida é direcionada para os comerciantes e ambulantes que atuam no Sítio Histórico. O patrocínio de empresas privadas para o Carnaval ajuda a preservar os cofres públicos e diminui o investimento municipal para a realização do evento", disse a prefeitura em nota.

Confira a íntegra da nota da Prefeitura de Olinda:

"Já é de ciência dos comerciantes e ambulantes que comercializam durante o período do Carnaval de Olinda, que as cervejas e produtos derivados devem ser os produtos do patrocinador oficial da festa. Ou seja, assim como acontece nos carnavais de outras grandes cidades pelo Brasil, só é permitida a venda de produtos do patrocinador.

A medida é direcionada para os comerciantes e ambulantes que atuam no Sítio Histórico.

O patrocínio de empresas privadas para o Carnaval ajuda a preservar os cofres públicos e diminui o investimento municipal para a realização do evento.

Ciente de que a sociedade ainda sofre os efeitos da pandemia e que alguns setores foram mais prejudicados do que outros, a Prefeitura de Olinda enviou para a Câmara, um Projeto de Lei para concessão de crédito popular. O PL será votado ainda nesta terça-feira (14).

Serão disponibilizados R$ 500 de empréstimo para os ambulantes cadastrados, que participaram do Carnaval em 2020 e que estão adimplentes com o município. A finalidade do empréstimo é a aquisição dos produtos que serão comercializados no Carnaval. Lembrando, ainda, que a Prefeitura de Olinda foi uma das poucas do país a conceder auxílio para os ambulantes, nos dois anos em que não houve Carnaval."

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