Congresso

Instalada comissão para acompanhar crise humanitária em Terra Yanomami

O colegiado, formado por cinco parlamentares, elegeu nesta quarta-feira (15/2) presidente e vice-presidente, bem como a indicação do relator dos trabalhos. Intuito do grupo é acompanhar, de maneira ordenada, a retirada dos garimpeiros em Roraima

Taísa Medeiros
postado em 15/02/2023 17:24 / atualizado em 15/02/2023 17:26
 (crédito: Michael Dantas/AFP)
(crédito: Michael Dantas/AFP)

Nesta quarta-feira (15/2) foram eleitos como presidente e vice-presidente da Comissão Temporária Externa para acompanhar a situação dos ianomâmis os senadores Chico Rodrigues (PSB-RR) e Eliziane Gama (PSD-MA). O relator dos trabalhos será o senador Dr. Hiran Gonçalves (PP-RR). Foi realizada, oficialmente, a instalação do colegiado, composto por cinco parlamentares. Além dos citados, fazem parte da comissão os senadores Humberto Costa (PT-PE), atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), e Mecias de Jesus (Republicanos-RR).

O senador Mecias de Jesus, indicado inicialmente para a vice-presidência do colegiado, declinou da posição para que Eliziane Gama assumisse, após pedido do senador Humberto Costa. “A senadora Eliziane ocupando uma dessas posições é importante para que tenhamos também um olhar externo. Essa não é uma comissão dos senadores de Roraima, mas é do Congresso Nacional”, argumentou Costa.

Conforme o presidente do colegiado, Chico Rodrigues, o intuito do grupo é que os senadores consigam, de maneira ordenada, acompanhar a retirada dos garimpeiros em Roraima. “Que todos nós participemos ativamente in loco das atividades dessa comissão, porque ela é muito complexa. O que estamos vivendo é talvez mais grave do que vem sendo noticiado diariamente. O que nos interessa é a vida, dos indígenas obviamente, dos brasileiros que lá estão. Precisamos fazer uma coisa muito ordenada e rápida, pois a fome não espera”, frisou.

O senador Mecias de Jesus defendeu que há boa vontade dos garimpeiros para sair voluntariamente do local. “Nós não estamos advogando que os garimpeiros sigam lá. Estamos advogando que todos tenham um tratamento, que os ianomâmis recebam do Estado tudo que é de direito e devido. Que os garimpeiros, que prefiro chamar de funcionários do garimpo, pois estão em busca do alimento para as famílias deles, que essa ação seja feita de forma que possa ajudar na retirada dos garimpeiros. Os verdadeiros donos do garimpo não estão mais lá. Quem está lá agora é o chão da fábrica”, pontuou o parlamentar.

A criação da comissão foi aprovada na última quarta-feira (8/2) em Plenário. Na quinta-feira (9), o grupo viajou a Roraima para acompanhar a operação de retirada dos garimpeiros ilegais. A comissão representará o Senado no acompanhamento do caso durante 120 dias, supervisionando a retirada de garimpeiros que ocupam a reserva de forma clandestina. No último domingo (12), o governo federal liberou o acesso de barqueiros aos rios da terra indígena yanomami, entre os estados do Amazonas e Roraima, para auxiliar na retirada de homens que ainda estão na região.

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