Liberdade condicional

Elize Matsunaga vira motorista de aplicativo de 3 plataformas em SP

Elize está em liberdade condicional desde maio do ano passado, quando foi solta da prisão após 10 anos. Ela também montou um ateliê de costura, onde vende roupas para PET

Yasmin Rajab
postado em 23/02/2023 12:54
 (crédito: Netflix/Reprodução)
(crédito: Netflix/Reprodução)

Elize Matsunaga, condenada por matar o marido, o empresário Marcos Matsunaga, está trabalhando como motorista de aplicativo em Franca, no interior de São Paulo, após sair da prisão em maio do ano passado para cumprir o restante da pena em liberdade condicional. Além do serviço, Elize também montou um pequeno ateliê de costura, onde confecciona roupas para animais de estimação.

Assim como Suzane Von Richthofen, sua ex-colega de prisão, Matsunaga participou de oficinas de artesanato e corte e costura enquanto estava presa. Essas atividades possuem o objetivo de ressocializar as detentas. 

Para fazer as corridas de aplicativo, em três plataformas distintas, Elize usa o nome de solteira. Ela também costuma usar óculos e máscara. As informações foram divulgadas em um post no perfil do Instagram Mulheres Assassinas, que, segundo a Folha de São Paulo, tem autoria do jornalista e escritor Ulisses Campbell, que escreveu os livros sobre Elize, Suzane von Richthofen e Flordelis. 

Segundo o perfil, a nota da ex-detenta no aplicativo é de 4.80. Além de habilidades como motorista, Elize também tem bacharelado em direito, contabilidade, técnica de enfermagem e também de sommelieria. 

Elize cumpriu 10 anos em regime fechado 

Em maio de 2022, a Justiça de São Paulo concedeu liberdade condicional a Elize, após cumprir 10 anos de prisão. Em 2012, ela foi condenada a 19 anos e 11 meses, mas, em 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STF) reduziu a pena para 16 anos e três meses pelo crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. 

"A Secretaria da Administração Penitenciária informa que hoje (30), às 17h35, após decisão judicial, a direção da Penitenciária Feminina 'Santa Maria Eufrásia Pelletier' de Tremembé deu cumprimento ao Alvará de Soltura em favor da presa Elize Matsunaga, em virtude de Livramento Condicional", informou a SAP, na época, em nota enviada ao Correio.

Crime que chocou o país

Elize era casada com o empresário Marcos Matsunaga, herdeiro da indústria de alimentos Yoki. O crime ocorreu em maio de 2012, no duplex em que o casal morava, na Zona Oeste de São Paulo.

Marcos foi morto com um tiro na cabeça, efetuado por Elize com uma das 34 armas que o casal tinha no apartamento. Logo em seguida, Elize esquartejou o corpo do ex-marido e dividiu a cabeça, as pernas, os braços e o tronco em duas malas e, então, as espalhou na região de Cotia, em São Paulo.

Em 27 de maio, depois de ser considerado desaparecido, as partes do corpo de Marcos foram encontradas. Elize confessou o crime e foi presa preventivamente em junho de 2012. Em dezembro de 2016 saiu a condenação.

À época, com 30 anos, Elize alegou que atirou em Marcos para se defender, já que eles estavam discutindo depois de Elize ter contratado um detetive particular que descobriu mais uma traição do empresário. Ele foi flagrado com uma garota de programa.

Durante a briga, Elize contou que Marcos teria a ameaçado de morte e dito que tomaria a guarda da filha do casal, de um ano. Ela ainda afirmou que tinha sido vítima de violência doméstica diversas outras vezes. Com medo, Elize disparou contra o ex-marido para se defender.

Suzane Von Richthofen monta ateliê

Suzane Von Richthofen também tenta a ressocialização após a soltura da prisão. Intitulado "Su Entre Linhas", a ex-detenta montou um ateliê para vender artigos de moda pelo Instagram. Na página que leva o nome da loja, é possível ver os produtos que estão à venda e fazer encomendas por meio de um telefone disponível no perfil.

A montagem do ateliê de moda é o primeiro trabalho desempenhado por Suzane, que saiu da penitenciária feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo para cumprir o regime aberto, em janeiro deste ano. Ela, que ficou 20 anos na cadeia, é condenada pela justiça pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado. A pena da mulher é de 39 anos.

Ela foi condenada por planejar e matar os próprios país, o casal Manfred e Marísia Von Richthofen. Esse crime, que ocorreu em 2002 e chocou todo o país, também contou com a participação dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos. Daniel era namorado de Suzane.

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