Ibama licitará instrumento de internet por satélite para inibir incêndios

O instrumento permitirá que os brigadistas monitorem o comportamento do fogo em tempo real para tomar decisões mais rápidas no combate aos incêndios

Tainá Andrade

postado em 01/03/2023 22:11 / atualizado em 01/03/2023 22:11

(crédito: Sean BLOCKSIDGE / WESTERN AUSTRALIA DEPARTMENT OF FIRE AND EMERGENCY SERVICES / AFP)

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) prepara uma licitação para a compra de maletas de internet satelital, responsáveis pela conexão com a internet, para uso dos servidores que irão combater focos de incêndios ao longo do ano.

Essa é uma das medidas de conexão no trabalho dos brigadistas com a Central de Logística e Apoio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), que foi inaugurada na última terça-feira (28/02), na sede do órgão, e fará o monitoramento em tempo real das queimadas. O instrumento licitado ajudará os brigadistas a terem acesso, nos seus monitores móveis, ao mesmo painel da central ao vivo.

“Isso ajuda os agentes em campo a terem Internet para mapear a condição ambiental local, identificar as frentes de fogo para tomada de decisão operacional em campo”, explica uma das servidoras do Prevfogo. Atualmente, para obter o serviço o Ibama pede apoio a parceiros.

O Prevfogo também será responsável pela qualificação dos dados federais em relação ao tema, bem como dar acesso ao mapeamento de registro de incêndios. O Ibama tem trabalhado junto às secretarias estaduais para aumentar o número de registros de incêndio e incluir as queimas prescritas e informações sobre queimas controladas.

Capacitação

O órgão está em uma fase de treinamento e contratará cerca de dois mil brigadistas. A ideia é incluir a própria comunidade em treinamentos, para que a população também possa agir no enfrentamento ao fogo.

“Esse ano, vamos ter uma mudança no perfil climático, existe um risco grande de que a gente tenha incêndios florestais de dimensões muito grandes. Estamos nos preparando, estamos com os equipamentos prontos, vamos treinar brigadistas nos estados para que a gente possa ter estrutura necessária para os enfrentamentos. Nós não vamos estar trabalhando só com os nossos brigadistas, mas com brigadistas em fazendas, Unidades de Conservação, populações tradicionais e indígenas. A ideia é ter a população preparada para chegar primeiro”, explicou o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

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