2º dia de violência

Clima é preocupante, mas ataques caíram 62%, diz governadora do RN

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, reuniu-se nesta quarta-feira (15/3) com as forças de segurança do estado sobre o enfrentamento aos ataques criminosos

Victor Correia
postado em 15/03/2023 14:59 / atualizado em 15/03/2023 14:59
 (crédito: Divulgação/Governo do Rio Grande do Norte)
(crédito: Divulgação/Governo do Rio Grande do Norte)

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), declarou nesta quarta-feira (15/3) que o clima de violência no estado "ainda é preocupante", mas que já houve uma redução de 62% nos ataques promovidos por facção criminosa. Ela destacou ainda que os 190 agentes da Força Nacional de Segurança enviados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública começam a atuar nesta tarde na capital, Natal, na região metropolitana e em Mossoró.

"Nós temos, neste exato momento, uma redução de 62% em respeito aos ataques realizados comparando de segunda-feira até esta quarta-feira. Nós tivemos cerca de 27 ataques, no geral, só que de terça para quarta-feira, repito, houve uma redução e foi contabilizado até o presente momento 10 ataques", explicou a governadora em coletiva de imprensa após reunião com representantes das forças de segurança do estado.

"O clima é preocupante, merece toda a atenção. Nós estamos cada vez mais mobilizados e nós temos um reforço muito importante que é a presença da Força Nacional de Segurança", acrescentou.

Segundo a governadora, o Ministério da Justiça prestou um apoio "ágil, eficiente e incondicional" para o enfrentamento aos criminosos, que levou menos de 24 horas. Forças policiais da Paraíba e do Ceará estão auxiliando na segurança. 

Os ataques começaram na noite de segunda para terça-feira, com ataques a tiros e incêndios em prédios públicos, além de ataques a veículos. O último balanço do governo estadual é que 31 pessoas foram presas até o momento, e uma morreu em confronto com policiais. Dois funcionários de transporte público foram feridos pelas ações criminosas. A onda de violência é atribuída a uma facção criminosa que reivindica melhores condições nos presídios potiguares.

Facção quer melhores condições nos presídios 

Durante a coletiva, a governadora foi questionada sobre um estudo do Mecanismo Nacional de Combate e Prevenção à Tortura (MNCPT) feito no fim do ano passado que encontrou uma série de irregularidades no sistema prisional do Rio Grande do Norte, como marmitas com comidas estragadas, torturas e reclusão de mais de 30 dias usada como punição.

"O nosso governo jamais compactuará com nenhuma medida de arbítrio. Portanto, essas denúncias serão investigadas pelo próprio governo. Nós temos feito um esforço grande aqui no sentido de avançar no que diz respeito aos projetos de ressocialização, na área da educação, na área da preparação para o trabalho, que inclusive é referência a nível nacional", respondeu Fátima Bezerra. "Essas denúncias, por parte da governadora, o que caberá e será feito são uma investigação profunda para saber se isso procede", acrescentou.

Em Natal, familiares de presos protestaram em uma das principais avenidas nesta quarta-feira contra as más condições nos presídios.

Além da reunião com as forças de segurança, a governadora esteve com representantes das empresas do transporte público para negociar a retomada do serviço na região metropolitana de Natal a partir das 15h de hoje. Fátima pediu "serenidade" à população no estado e disse que seu governo "não irá recuar" no enfrentamento aos atos criminosos. 

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