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Brasília é a cidade em que mais se fala palavrões no Brasil; veja o ranking

A constatação é de uma pesquisa promovida pelo Centro de Pesquisa de Idiomas Preply, que entrevistou 1.639 brasileiros de 15 cidades do país

Talita de Souza
postado em 16/03/2023 19:31 / atualizado em 16/03/2023 19:32
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Patrimônio Cultural da Humanidade, Brasília conquistou uma nova marca, dessa vez não tão nobre quanto a condecoração concedida pela Unesco: a capital federal lidera o ranking de cidades mais boca-suja do Brasil. Ao lado dos moradores do Rio (RJ) e de Fortaleza (CE), os brasilienses falam cerca de oito palavrões por dia, acima da média de outros municípios brasileiros, de seis xingamentos diários.

A constatação é de uma pesquisa promovida pelo Centro de Pesquisa de Idiomas Preply, que entrevistou 1.639 brasileiros de 15 cidades do país, residentes nos locais por pelo menos 12 meses. A responsável pela coleta de dados foi a companhia de pesquisa Censuswide, que promoveu a pesquisa entre 2 e 7 de novembro de 2022.

São Paulo e Belo Horizonte ocupam o segundo lugar no ranking, com média de sete palavrões por dia. Na sequência, Manaus ostenta sozinho o terceiro lugar, com seis xingamentos diários em média.

No quarto lugar, com cinco palavrões diários, estão as cidades sulistas Porto Alegre e Curitiba e as nordestinas Natal e Recife. Salvador, Belém e Goiânia estão em quinto lugar, com quatro palavrões. Campinas, no Mato Grosso, aparece sozinha na sexta posição, com média de três xingamentos por dia.

Em contrapartida, quem não gosta de ouvir palavrões pode se refugiar em São Luís, no Maranhão. Os moradores do município entrevistados na pesquisa revelaram que falam, em média, apenas um palavrão por dia.

Os brasileiros, no entanto, não têm do que se envergonhar. De acordo com a Preply, o país está longe de ser o que mais fala palavrão do mundo. “Nosso estudo revelou que, no geral, o Brasil está longe de ser o país mais desbocado do mundo. Muito pelo contrário, aliás: se comparado a países como a Inglaterra ou os Estados Unidos, em que a taxa média de palavrões por dia é cerca de 10 e 21, respectivamente, somos quem mais dá bons exemplos”, detalha o relatório da pesquisa.

Brasileiros escolhem hora e lugar para falar palavrão

A pesquisa revelou que os entrevistados não proferem os palavrões sem critérios, pelo contrário: muitos deles escolhem o lugar e momento do dia para xingarem. A maior parte dos respondentes falam que xingam em casa (47,83%) — uma taxa que aumenta em São Luís (MA), com 60% dos entrevistados escolhendo a residência para proferir as palavras baixas.

O trânsito é o local em 16,65% dos entrevistados escolhem extravasar dessa forma, seguindo de encontros com amigos (15,30%) e no trabalho (9,53%). Outros 8,95% afirmam que não há hora ou lugar particulares para proferir os palavrões.

Os entrevistados também confessaram que evitam xingamentos na frente dos filhos (78,10%), na frente do chefe (76,88%), à mesa do jantar (76,57%), na frente de idosos (70,10%) e na frente de estranhos (60,89%).

O direcionamento dos xingamentos também não é unânime entre os entrevistados, mas a maior parte diz que xingam a si mesmos (26,85%). Outros 20,60% dizem que não xingam ninguém em particular. Já 17,42% afirmam que os palavrões são direcionados para amigos e 12,99% para parceiros(as).

Os palavrões têm menor direcionamento para colegas de trabalho (7,70%), irmãos (6,54%) e pais (0,96%). Outros 6,93% escolheram “outra opção” na lista de alvos do xingamento. Dentre os entrevistados, 60% dizem se incomodar com os palavrões.

“Se há algo que podemos concluir é que, em terra de palavrão, nenhuma opinião é consenso: como vimos, há quem não consiga deixar de dizê-los, quem escolha hora e lugar para soltar o verbo e quem se incomode com aqueles que o fazem”, detalha a Preply no relatório da pesquisa.

“Gostando ou não, entretanto, todos parecem reconhecer que as palavras de baixo calão ocupam um lugar importante na comunicação dos brasileiros, ao lado de nossas gírias e bordões”, conclui o estudo.

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