RIO GRANDE DO NORTE

Nove suspeitos de ataques no RN são transferidos a presídios federais

Segundo a Secretaria Nacional de Política Penais, os presos podem ficar custodiados em qualquer uma das cinco unidades federais em: Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Brasília (DF)

Correio Braziliense
postado em 18/03/2023 12:02
 (crédito: Divulgação/Seap)
(crédito: Divulgação/Seap)

Nove suspeitos de comandar os ataques no Rio Grande do Norte, registrados desde terça-feira (14/3), foram transferidos para presídios federais, na noite de sexta-feira (17/3). A transferência foi a pedido do Ministério Público do estado (MPRN) e do governo local. Os presos estavam no Presídio Rogério Coutinho, localizado no Complexo de Alcaçuz.

Segundo a Secretaria Nacional de Política Penais, os presos transferidos podem ficar custodiados em qualquer uma das cinco unidades federais localizadas em: Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Brasília (DF). Eles ficarão isolados em celas individuais, com visitas monitoradas e rigorosos procedimentos de segurança.

Os transferidos são acusados de comandar crimes como homicídios e tráficos de drogas, além de estarem envolvidos em planos de fugas e ataques a patrimônios públicos e privados no Rio Grande do Norte.

Com esta transferência, já são 10 custodiados do estado incluídos nas penitenciárias federais desde o início da crise. Até o momento, 103 pessoas já foram presas por causa dos ataques criminosos.

Onda de violência no RN 

Nesta semana, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a autorização de ação da Força de Intervenção Penitenciária Integrada para se unir ao efetivo da Força Nacional que foi deslocado  para o Rio Grande do Norte. O estado teve a segurança reforçada com 190 agentes da Força Nacional de Segurança enviados pelo governo federal e por policiais cedidos pelo Ceará e pela Paraíba.

As autoridades atribuem os ataques ao Sindicato do Crime, maior facção do estado. Os criminosos reivindicam melhores condições nos presídios do estado após relatos de tortura e comida estragada. Circula no WhatsApp um "salve" atribuído à facção, convocando seus membros a atacarem "todos os tipos de órgãos públicos, o que for, para toca (sic) o caos no estado". O texto proíbe, porém, roubos a ônibus, hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (Upas). "A população carcerária do estado do RN vem passando por opressões, humilhação, desrespeito, vivendo em uma situação degradante a qual o crime vem sofrendo", diz ainda a nota.

Em novembro do ano passado, um levantamento do Mecanismo Nacional de Combate e Prevenção à Tortura (MNCPT) encontrou uma série de irregularidades no sistema prisional do estado, como marmitas com comidas estragadas, torturas e reclusão de mais de 30 dias, usada como punição. Segundo o órgão, vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, cinco das 19 prisões do RN apresentaram graves violações, incluindo casos de presos com tuberculose sendo colocados com detentos saudáveis como forma de punição.

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