Operação Yanomami

Espaço aéreo na TI Yanomami será fechado hoje à noite pela FAB

Com o fechamento, aeronaves não autorizadas pela FAB, inclusive de órgãos públicos que trabalham na Operação Yanomami, não poderão sobrevoar o território indígena

Tainá Andrade
postado em 06/04/2023 17:16 / atualizado em 06/04/2023 17:20
 (crédito: PF/Divulgação)
(crédito: PF/Divulgação)

No último dia determinado para a liberação de corredores aéreos para retirada de garimpeiros da Terra Indígena (TI) Yanomami, em Roraima, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que desativará as passagens para aeronaves não autorizadas para a operação, nesta quinta-feira (6/4), às 21h.

Esses espaços são chamados de Área de Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) e são divididos em três partes: branca, amarela e vermelha. Essa última, é a que compreende o território de grande parte da TI.

A partir do horário determinado, somente o Comando da Aeronáutica pode controlar o espaço aéreo e qualquer aeronave terá que pedir autorização de voo antes de adentrar no local. Caso o transporte não seja identificado, poderá ser interceptado como tráfego aéreo suspeito de ilícito. A regra vale, inclusive, para órgãos públicos que estejam envolvidos na operação.

Tanto a Aeronáutica, quanto os agentes da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atuarão como polícia administrativa para interditar aeronaves ou equipamentos que apoiem qualquer atividade ilícita.

Em fevereiro, o espaço aéreo havia sido fechado pelos militares, mas foi estabelecido esses corredores para que houvesse a saída voluntária das pessoas que praticassem a atividade ilegal. No mesmo mês, após reunião interministerial entre a Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Defesa, José Múcio Monteiro, havia afirmado que a medida “é importante para desincentivar e desestimular” o garimpo ilegal na TI Yanomami.

A PF considera o fechamento aéreo completo essencial para garantir o controle apropriado do território indígena, sobretudo para evitar o retorno das invasões. Em entrevista concedida à agência A Pública, o diretor da Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Freire de Barros, deixou claro que aguardavam a sinalização da Defesa para controle efetivo da desintrusão.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE