Pernambuco

Prédio desaba em Olinda e pelo menos duas pessoas morrem; buscas continuam

O prédio estava condenado e deveria está desocupado, mas pelo menos 16 pessoas estavam no local no momento do desabamento

Correio Braziliense
postado em 28/04/2023 07:24 / atualizado em 02/05/2023 11:47
 (crédito: Globonews/ reprodução)
(crédito: Globonews/ reprodução)

Uma parte de um prédio desabou em Olinda, no Grande Recife, na noite desta quinta-feira (27/4). As buscas por possíveis vítimas ainda estão acontecendo na manhã desta sexta-feira (28/4). Até o momento, duas pessoas foram tiradas dos escombros sem vida, um adolescente de 13 anos e um homem. Outras cinco pessoas foram retiradas com ferimentos. Três cachorros também foram resgatados com vida.  Segundo o Corpo de Bombeiros, no local tinha cerca de 16 pessoas no momento do desabamento e pelo menos duas ainda estão desaparecidas.

De acordo com os bombeiros, foram resgatadas três mulheres, duas de 25 anos, encaminhadas para a UPA de Olinda, e uma de 30 anos, que foi levada ao Hospital Miguel Arraes, e dois homens, um de 44 anos e outro de 53 anos, eles foram levados ao Hospital da Restauração. 

Pelo Twitter, o prefeito de Olinda, Professor Lupércio, disse que todas as secretarias do munícipio estão de prontidão para ajudar no que for preciso. "Estamos mobilizados para prestar toda assistência para as vítimas do Edifício Lene, que desabou há pouco, em Jardim Atlântico", disse.

A governadora do estado, Raquel Lyra, também disse que o governo de Pernambuco prestará todo o apoio necessário. "Acabo de receber a notícia do desabamento de um prédio em Jardim Atlântico, Olinda. Os Bombeiros já estão atuando na ocorrência e no socorro de possíveis vítimas", afirmou.

De acordo com a prefeitura de Olinda,  o prédio estava condenado e interditado desde 2000 e que foi exigido a demolição do imóvel, mas a seguradora se recusa a dar cumprimento à ordem judicial. A prefeitura também se solidarizou com as vítimas. 

Veja a nota 

A Prefeitura de Olinda informa que o Edifício Leme foi interditado em 2000, pela Defesa Civil, após uma vistoria conjunta entre Estado, Município e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em seguida, os órgãos exigiram da seguradora do imóvel a demolição do mesmo. A mesma seguradora também é responsável pela vigilância do prédio que deveria proibir a ocupação.

A Prefeitura de Olinda atua junto à Justiça, a fim de obrigar as seguradoras a executarem as demolições. Dezenas de ações foram movidas pela Procuradora do Município. Como exemplo, têm-se os casos dos edifícios Verbena e JK, onde a Caixa Seguradora, responsável pela Guarda e Conservação dos prédios, foi obrigada a demoli-los, relocando eventuais ocupantes.

Hoje, no entanto, existem casos em que a Justiça já determinou a demolição do imóvel, após a ação da Prefeitura, porém a seguradora se recusa a dar cumprimento à ordem judicial. E isso mesmo sendo cobrada multa diária no caso de descumprimento.

A Prefeitura de Olinda se solidariza com as famílias das vítimas e vai continuar atuando para que os prédios condenados do município sejam totalmente demolidos pelas seguradoras responsáveis.

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