Investigação

Garimpo em Terra Indígena Yanomami é mantido por crime organizado

Garimpeiro morto pela Polícia Rodoviária Federal era integrante de uma facção criminosa, afirmou o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho

Mariana Albuquerque*
postado em 02/05/2023 15:26 / atualizado em 02/05/2023 15:29
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

Um dos quatro garimpeiros mortos por agentes de segurança no último domingo (30/4) na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, era integrante de uma facção criminosa com atuação nacional. A informação foi revelada pelo presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, em entrevista a jornalistas em Boa Vista na noite dessa segunda-feira (1º/5).

Equipes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacadas a tiros por garimpeiros quando realizavam um ação de fiscalização em área de garimpo ilegal na TI Yanomami. Agentes federais apreenderam 11 armas com criminosos: espingardas calibre 12mm, um fuzil e pistolas calibre .45, de uso restrito. Os corpos chegaram a Boa Vista ainda na noite de domingo.

“Nosso serviço de inteligência tem encontrado indícios muito fortes de que alguns pontos de garimpo são mantidos com o apoio de organizações criminosas. Isso está sendo investigado. Uma das pessoas que morreu na operação de domingo tinha envolvimento muito forte com uma das organizações criminosas”, disse Agostinho.

Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o monitoramento de satélites ainda identifica atividades de garimpo ilegal no território, apesar de a maioria dos pontos já estarem desativados.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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