Na última terça-feira (6/6), foi lançado no Brasil o Conselho Global sobre Desigualdades, HIV e Pandemias, com o objetivo de gerar evidências sobre a forma como as desigualdades impulsionam as pandemias, além de defender a adoção de abordagens multissetoriais para fortalecer a resposta ao HIV/Aids.
O anúncio foi feito em Brasília e contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que faz parte dos membro-fundadores do grupo. A medida foi lançada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).
"É hora de converter as lições aprendidas em ação, reduzindo as desigualdades que impulsionam as crises de saúde atuais e fortalecendo a preparação para pandemias futuras", diz a ministra. "O Brasil está determinado a desempenhar seu papel, defendendo uma maior colaboração e a formulação de políticas com base em evidências para construir sistemas de saúde mais resilientes ao redor do
mundo", completou.
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O Conselho Global pretende "reunir evidências essenciais para o trabalho de formuladores de políticas públicas, de forma a elevar a atenção política para a necessidade de ação. Ainda mais fundamental: vai ajudar a equipar a linha de frente de atuação das comunidades que lutam por suas vidas com recursos de advocacy, fornecendo-lhes o que precisam para influir nas mudanças políticas e de poder".
Segundo o material de divulgação da Unaids, no Brasil, as infecções por HIV estão diminuindo drasticamente entre a população branca à medida que o acesso ao tratamento da doença é amplicado, assim como o surgimento de novas ferramentas de prevenção. No entanto, entre a população negra, as infecções ainda estão aumentando.
Ademais, a questão da desigualdade não se resume apenas ao HIV, como também se expande para outras pandemias. Citando a pandemia da covid-19, por exemplo, países com maior desigualdade de renda tiveram maior mortalidade pela doença.
Michael Marmot, diretor do Instituto para Equidade em Saúde do University College London, ressalta que "estratégias baseadas em evidências para abordar os determinantes sociais da saúde são cruciais não apenas para melhorar os resultados de saúde individual, mas também para construir economias mais fortes e sociedades mais justas".
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