VIOLÊNCIA

Médico sobrevivente ao ataque no quiosque teria levado 14 tiros

O estado de saúde de Daniel é estável. O médico respira sem a ajuda de aparelhos, mas está com uma bala alojada no ombro

Daniel (circulado em vermelho) passou por cirurgia de 10 horas para a retirada de um projétil que ficou alojado. O objeto será analisado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro
 -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Daniel (circulado em vermelho) passou por cirurgia de 10 horas para a retirada de um projétil que ficou alojado. O objeto será analisado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro - (crédito: Reprodução/Redes sociais)
postado em 06/10/2023 10:42

O médico Daniel Sonnewend Proença, o único que sobreviveu ao ataque a tiros contra ele e outros três ortopedistas em um quiosque da Barra da Tijuca (RJ) na madrugada de quinta-feira (6/10), levou cerca de 14 tiros, o que causou 24 perfurações no corpo. Dois desses disparos passaram de raspão. O ortopedista teve lesões no tórax, intestino, pélvis, mão, pernas e pé. Daniel passou por cirurgia de 10 horas para conter os danos causados pelo ataque. No entanto, ele ainda está com uma bala alojada no ombro. 

As informações são do jornal O Globo. O estado de saúde de Daniel é estável. Ele já respira sem a ajuda de aparelhos. Após ser baleado, ele foi atendido no Hospital municipal Lourenço Jorge, que fica próximo do local do crime. A cirurgia de Daniel contou com a participação de 18 profissionais.

O que se sabe sobre o crime

Três médicos ortopedistas foram mortos a tiros em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5/10). Daniel Sonnewend Proença, Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida estavam no Rio de Janeiro para participar de um congresso de ortopedia. 

A Polícia Civil investiga o caso e a Polícia Federal acompanha as investigações por determinação do ministro da Justiça e Segurança e Pública Flávio Dino. A principal linha de investigação é a de que um dos médicos tenha sido confundido com um miliciano que mora perto do quiosque onde os ortopedistas estavam. 

Fontes policiais afirmam que Perseu de Almeida pode ter sido confundido com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do miliciano Dalmir Pereira Barbosa. Os demais teriam sido mortos por estarem no local — uma das hipóteses é de que os assassinos tenham considerado que se tratavam de seguranças.

No entanto, nenhuma linha de apuração está descartada, inclusive a de que os homicídios teriam sido por motivação política, para intimidar Sâmia e o marido, o também deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ).

Na noite de quinta-feira (5/10), a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou quatro corpos dentro de dois carros na Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A Delegacia de Homicídios acredita que eles são os traficantes responsáveis por executar três médicos ortopedistas na orla da Barra da Tijuca.

O Correio tenta contato com a Polícia Civil para saber mais informações sobre o caso, mas até a última atualização desta matéria, não obteve retorno.

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