Como parte da estratégia de ampliar sua ação pedagógica, o Instituto Maria da Penha vai promover o 1º Fórum Brasileiro de Enfrentamento à Violência Doméstica (FBEVD) nos dias 20 e 21 de novembro, em Fortaleza. O intuito é discutir, informar e encontrar alternativas para alterações na Lei Maria da Penha, ao racismo e na letalidade da violência contra mulheres negras, assim como boas práticas no enfrentamento da violência doméstica no meio corporativo.
O evento será um espaço de trocas e mobilização de toda a sociedade para debater e divulgar a Lei Maria da Penha, discutir dados estatísticos, a partir de recortes de raça, etnia, gerações, territórios e comunidades tradicionais. Assim como, incentivar a criação de políticas públicas e desenvolver propostas de melhorias, ampliar a visibilidade das boas práticas de enfrentamento à violência contra a mulheres.
“O 1º FBEVD busca dimensionar os problemas existentes a partir de dados e estudos sobre a violência doméstica e familiar, além de ajudar a fortalecer os mecanismos institucionais de defesa dos direitos das mulheres. Essa é uma iniciativa que reforça a atuação do Instituto Maria da Penha para mobilizar toda a sociedade em torno dessa causa tão urgente”, aborda Maria da Penha, fundadora e presidente do Instituto.
Conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Datafolha, 33,4% das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais sofreram violência física ou sexual por parceiro íntimo ao longo da vida. Ao considerar, também, psicológica, o percentual atinge 43%. Isso significa que cerca de 27,6 milhões de brasileiras sofreram alguma forma de violência por parceiro íntimo. Esses dados corroboram a necessidade de ações tanto do poder público quanto de empresas privadas para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Nesse sentido, o FBEVD cumpre a função não apenas de promover debates e compartilhar informações, mas também de discutir dados estatísticos relevantes para o desenvolvimento de mecanismos institucionais de defesa dos direitos da mulher. Além disso, o evento contará com a participação de diversos setores civis e governamentais, incluindo profissionais das áreas de Saúde, Direito e Segurança Pública, bem como da comunidade acadêmica, imprensa e sociedade em geral.
Nos dois dias de evento, serão abordados os seguintes temas: Lei Maria da Penha e atualizações; Feminicídio no Brasil: racismo e letalidade da violência contra as mulheres negras; Masculinidades normativas e os homens pelo fim da violência contra as mulheres; Impacto da violência doméstica no mundo corporativo e boas práticas para o seu enfrentamento; Mídia e boas práticas na comunicação digital; PCSVDF Mulher: dados da pesquisa; e Caminhos para alcançar a igualdade de gênero (ODS 5).
As inscrições, com valores de R$ 250 e R$ 125 (meia), já estão abertas e devem ser feitas pelo Sympla, neste link. O Fórum oferecerá 50 vagas gratuitas para mulheres atendidas pela Casa da Mulher de Pernambuco e 50 vagas com ingresso social para mulheres que atuam em defesa da mulher. Estudantes e pessoas 60+, têm 50% de desconto nas inscrições. O acesso também será democratizado, com tradução simultânea em libras.
*Estagiária sob supervisão de Thays Martins
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