VIOLÊNCIA

Assassinato de mulher trans em Goiás mobiliza protestos por justiça

De acordo com o delegado Gustavo Cabral, responsável pelas investigações iniciais, Morgana foi vista pela última vez na companhia de um jovem de 18 anos

Morgana Clemente Ferreira, 19 anos, desapareceu após sair de uma lanchonete -  (crédito: arquivo pessoal)
Morgana Clemente Ferreira, 19 anos, desapareceu após sair de uma lanchonete - (crédito: arquivo pessoal)

A morte da jovem transsexual Morgana Clemente Ferreira, 19 anos, encontrada sem vida em uma área de mata na região noroeste de Goiás, ainda levanta dúvidas e segue sendo investigada pela Polícia Civil do estado. A jovem havia desaparecido no domingo (12/10) após sair de uma lanchonete. O corpo foi localizado dois dias depois, na terça-feira (14), com um ferimento no abdômen.

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De acordo com o delegado Gustavo Cabral, responsável pelas investigações iniciais, Morgana foi vista pela última vez na companhia de um jovem de 18 anos, que se tornou o principal suspeito do crime. “Ele teria ido com ela para o local denominado Poço da Sota. O jovem foi ao local mostrar para as equipes onde havia ingerido bebida alcoólica com a vítima”, afirmou o delegado.

Durante a reconstituição dos fatos, o corpo de Morgana foi encontrado próximo ao local indicado pelo próprio suspeito. Segundo a polícia, o rapaz não demonstrou reação ao ver o corpo da jovem. A perícia preliminar aponta que o ferimento no abdômen teria sido causado por um objeto cortante, possivelmente uma faca, embora o laudo final ainda não tenha sido concluído.

Com o homicídio várias manifestações começaram a ganhar força no estado. A primeira foi no ateliê do Instituto Federal de Goiás (IFG), onde Morgana era ex-aluna. A iniciativa foi da professora Flora. Os alunos também estão se organizando para irem à marcha das mulheres negras em Brasília, com camisas estampadas, pedindo justiça.

Prisão e andamento das investigações

O suspeito foi preso em flagrante na terça-feira (14) e deve responder por feminicídio, caso as suspeitas sejam confirmadas. O inquérito foi encaminhado à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) da Cidade de Goiás, que agora conduz a investigação sob sigilo.

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As autoridades informaram que novas testemunhas serão ouvidas e que a Deam busca esclarecer a motivação do crime e a dinâmica dos acontecimentos que levaram à morte da jovem. 



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postado em 18/10/2025 21:47
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