O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (18/11) a criação da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes do SUS, iniciativa que inclui 14 UTIs totalmente automatizadas distribuídas pelas cinco regiões do país e a construção do primeiro hospital inteligente do Brasil, no Hospital das Clínicas da USP. Ao apresentar o projeto, o ministro Alexandre Padilha afirmou que o país está “entrando numa nova era de inovação no SUS”.
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Padilha explicou que a proposta faz parte do programa Agora Tem Especialistas, voltado à ampliação do atendimento de alta complexidade na rede pública. Segundo ele, o objetivo é garantir que “a população brasileira tenha acesso a essa verdadeira revolução tecnológica”, com uso integrado de inteligência artificial, big data, monitoramento contínuo e sistemas avançados de apoio clínico. O ministro destacou que os serviços funcionarão de forma interligada e conectados a uma central nacional de pesquisa e inovação.
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O ministério finalizou o pedido de financiamento de R$ 1,7 bilhão ao banco do Brics, passo necessário para viabilizar a primeira etapa do projeto. De acordo com Padilha, “a documentação já foi apresentada para avaliação” e a expectativa é que, após a aprovação, os primeiros serviços comecem a operar em 2026. O plano inclui, além das UTIs, a modernização de seis unidades hospitalares em parceria com universidades, gestores estaduais e municipais.
Padilha ressaltou que a iniciativa também fortalece a política de cooperação internacional do governo. Ele afirmou que “a forma como fomos recebidos pelo governo chinês, pelo governo indiano e pelo Banco do Brics mostra o ambiente positivo de parceria”, lembrando que o Brasil busca ocupar espaço estratégico na produção e difusão de tecnologias médicas. Para ele, o projeto permitirá “atrair indústrias, gerar emprego, produzir conhecimento e posicionar o país nessa transformação global”.
SUS mais inteligente
O titular da pasta mencionou que a rede será construída com padrões de resiliência climática, citando como exemplo unidades projetadas para manter energia, água e comunicação mesmo em situações extremas. Padilha afirmou que “o SUS mais inteligente também aprende”, ao incorporar dados, agilizar diagnósticos e auxiliar decisões clínicas. Segundo ele, essa modernização representa a integração entre pesquisa, assistência e inovação, com impacto direto na urgência e emergência.
Ao encerrar a apresentação, Padilha antecipou que o detalhamento técnico da implantação do hospital inteligente da USP será divulgado amanhã (19), durante visita ao complexo hospitalar. O ministro declarou que o país está “liderando um movimento que vai produzir cuidado, conhecimento e desenvolvimento tecnológico”, e reforçou que o esforço envolve todas as regiões, diferentes gestões estaduais e municipais e o conjunto das instituições acadêmicas parceiras.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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