Brasil se destaca com um dos maiores mercados de fidelização do mundo

Território brasileiro se destaca como um polo de inovação no setor, unindo tecnologia, personalização e propósito

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postado em 14/11/2025 00:00 / atualizado em 14/11/2025 09:33
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Matéria escrita por Gabriella Collodetti, jornalista do CB Brands, estúdio de conteúdo do Correio Braziliense

Em um cenário em que a competição por atenção e preferência do consumidor é cada vez mais acirrada, o mercado de fidelização no Brasil vive um momento de forte expansão e transformação. Impulsionadas pela digitalização, pelo uso estratégico de dados e por uma nova geração de consumidores mais exigentes e conectados, as empresas têm investido em programas de loyalty & engagement que vão muito além dos tradicionais acúmulos de pontos.

Essa evolução vem posicionando o país como um polo de inovação no setor, com soluções que combinam tecnologia, personalização e propósito – elementos que estão redefinindo o relacionamento entre marcas e pessoas, e colocando o Brasil no radar global das tendências em fidelização. Na percepção de Aluísio Cirino, CEO da Alloyal, o crescimento da fidelização no Brasil está diretamente ligado à mudança de comportamento do consumidor e à maturidade das empresas no uso de dados e tecnologia.

Sabe-se que a participação dos brasileiros em programas de fidelidade subiu de 80,9%, em 2023, para 88,3%, em 2025. O levantamento, apresentado no 8º Fórum Brasileiro de Fidelização, foi realizado pela Tudo Sobre Incentivos (TSI) em parceria com a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF). Para o executivo, isso demonstra que o loyalty deixou de ser apenas tático e passou a ser estratégico para o crescimento dos negócios.

"O pós-pandemia consolidou novos hábitos digitais e uma busca maior por vantagens financeiras, conveniência e reconhecimento, fazendo dos programas de fidelização uma ponte entre marca e cliente. As empresas entenderam que fidelizar é mais rentável do que adquirir novos consumidores, e o consumidor passou a esperar recompensas e personalização como parte natural da relação com as marcas", informa.

Cirino aponta que o setor de fidelização no Brasil tem atraído um volume crescente de investimentos impulsionado por uma combinação de fatores tecnológicos e estratégicos. A digitalização acelerada e a popularização de soluções white label de fidelidade reduziram o custo de entrada e democratizaram o acesso a programas personalizados. Paralelamente, a busca por dados de primeira parte (first-party data) – considerados hoje um ativo estratégico para as empresas – aumentou o interesse em plataformas capazes de capturar e analisar informações diretamente dos consumidores.

Além disso, o CEO da Alloyal sinaliza que o avanço das ferramentas de inteligência artificial (IA) e automação de marketing também tem sido decisivo: recursos como Next Best Action (NBA) e Next Best Offer (NBO) permitem a criação automática de campanhas, o cálculo de ROI e a segmentação em tempo real. Essa combinação tecnológica tornou os programas de fidelidade mais eficientes, mensuráveis e rentáveis, atraindo investidores e empresas de diversos setores, do varejo ao mercado financeiro.

“A transformação digital impulsionou uma nova geração de plataformas de Loyalty Tech, que evoluíram de programas transacionais para sistemas inteligentes baseados em dados e IA. Hoje, essas soluções usam análise preditiva para identificar o Next Best Action e o Next Best Offer — ou seja, qual é a melhor oferta, quando e por qual canal entregá-la”, informa.

Cirino conta que, segundo o webinar “Tendências de Loyalty para 2026” realizado pela Alloyal com a Loyalty Academy Brasil, isso permite campanhas mais assertivas e jornadas personalizadas, com uso de dados em “doses homeopáticas”, aumentando a adesão e a confiança do cliente. “Assim, o loyalty deixa de ser apenas um programa e passa a ser um motor de inteligência de crescimento, que antecipa o comportamento do consumidor e otimiza a rentabilidade dos negócios”, complementa.

Presente há mais de oito anos no mercado, a Alloyal é uma Loyalty Tech que entrega mais vendas, engajamento e retenção de usuários para empresas por meio de soluções personalizadas. Sua premissa é que a fidelidade é a verdadeira geradora de negócios. Com mais de 10 milhões de usuários ativos nos seus mais de mil programas de fidelidade construídos, já distribuiu mais de 40 milhões de cashback e R$ 1,5 bilhões em vendas no varejo.

Maturidade do mercado brasileiro

O CEO da Alloyal aponta que o Brasil é considerado um dos mercados mais maduros do mundo em loyalty. "O país é um dos poucos com três grandes programas de coalizão ativos, além de centenas de programas próprios em bancos, varejo, telecom e serviços", avalia. Isso porque, segundo o executivo, o consumidor brasileiro é altamente participativo e engajado e, em média, participa de 5 a 8 programas por CPF, algo que supera a média global. "Além disso, o país possui um ecossistema colaborativo e regulatório sólido, representado pela ABEMF, que fomenta inovação e formação profissional, consolidando o Brasil como referência em criatividade e diversidade de modelos", acrescenta.

Para Cirino, o Brasil tem potencial real para se consolidar como um hub global de inovação em fidelização e já dá passos concretos nessa direção. De acordo com o executivo, o país reúne três pilares que sustentam esse movimento: base de consumidores altamente digitalizada e engajada; empresas de tecnologia que oferecem infraestrutura escalável e customizável para programas de fidelização; e ambiente associativo e educacional. "Esses fatores criam um terreno fértil para o Brasil se tornar um exportador de know-how e tecnologia de loyalty, especialmente para a América Latina", diz.

Segundo o CEO da Alloyal, o setor brasileiro de fidelização vive um momento histórico de profissionalização. "O Brasil é um grande potencial de laboratório criativo do mundo em loyalty e a nova fase combina dados, tecnologia e emoção para transformar o relacionamento em crescimento", aponta.

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