A paisagem urbana do Distrito Federal tem dado sinais claros de uma transformação que vai além do concreto e do asfalto. São mudanças que se refletem no dia a dia das pessoas, no ir e vir mais seguro pelas ruas, no fortalecimento dos serviços sociais, na qualidade de vida que se reconstrói nas regiões administrativas e na preservação dos espaços públicos, que voltam a ser valorizados.
Um dos compromissos do Governo do Distrito Federal (GDF) envolve a busca em melhorar a mobilidade urbana e oferecer mais qualidade de vida à população. Para isso, o órgão apostou na implementação de um amplo conjunto de obras voltadas à criação de viadutos. Entre 2019 e 2024, o GDF entregou 11 elevados e reconstruiu o Viaduto do Eixão Sul, além de ter concluído o Complexo Viário Governador Roriz, o Túnel de Taguatinga e reformado o Buraco do Tatu. Nessas obras, houve o investimento de R$ 760,6 milhões, gerando seis mil empregos diretos e indiretos.
Interrompido em 2018, quando parte da estrutura cedeu, o viaduto da Galeria dos Estados foi liberado em 2019, beneficiando diariamente 120 mil veículos que trafegam pelo Eixão. Segundo o GDF, a galeria foi renovada com acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, calçadas, pisos e banheiros novos, e o paisagismo refeito.
Dois anos depois, uma das maiores obras viárias já feitas na história do Distrito Federal foi inaugurada: o Complexo Viário Governador Roriz. Foram feitos 23 viadutos, quatro pontes, 28 quilômetros de vias e 14 de ciclovia. O complexo beneficia mais de 100 mil motoristas que trafegam pela Saída Norte diariamente, gerando uma redução de até 55% de tempo nas viagens.
Em 2022, no Setor Policial, o Complexo Viário da Estrada Setor Policial Militar (ESPM) obteve novos viadutos para dar fluidez ao tráfego da área, por onde circulam diariamente 65 mil veículos, que ganharam 30 minutos a menos no trânsito. No ano seguinte, o viaduto do Recanto das Emas-Riacho Fundo II, na Estrada Parque Contorno (DF-001), melhorou o trânsito de veículos entre o Gama e Samambaia. Compõem a obra um viaduto com 700 metros de extensão, 700 metros de calçadas, passarela de pedestre e ciclovia.
Já o Complexo Viário do Riacho Fundo foi inaugurado em 2024, 34 anos após a criação da cidade. "Esse viaduto do Riacho Fundo, assim como foi o do Recanto das Emas, era o maior pedido da comunidade", destacou o GDF.
Composto por dois viadutos, com pistas de 200 metros de comprimento, o viaduto conta com gradis metálicos para dar segurança aos pedestres. O complexo melhorou o fluxo de trânsito na região, por onde circulam diariamente 100 mil motoristas.
No entanto, a inauguração do elevado mais recente foi no Jardim Botânico. Construída com investimento de R$ 33,5 milhões, a obra trouxe mais celeridade para mais de 50 mil motoristas por dia – especialmente das regiões de São Sebastião, Tororó, Paranoá, Jardins Mangueiral e Jardim ABC.
"O viaduto do Jardim Botânico foi uma obra esperada há mais de 20 anos pela população", indicou a Administração Regional. A pasta também ressaltou que a iniciativa tratou de um grande marco para a região, que trouxe qualidade de vida para os usuários do transporte público e motoristas.
Outra inauguração de impacto envolveu o Viaduto do Itapoã/Paranoá, maior obra do Complexo Viário Saída Leste, onde foram investidos mais de R$ 95 milhões. "A gente não esperava. Uma obra muito grande, que, no Paranoá, a gente não imaginava ver uma melhoria dessas chegando. O sentimento é de gratidão, é algo que, até então, o Paranoá não tinha visto", celebrou Francisco Idalino Vale, morador da região.
O Complexo Viário Padre Jonas Vettoraci fica na via de acesso a Sobradinho (rodovia BR-020), próximo ao Estádio Augustinho Lima, também foi um dos pontos de modificação no trânsito diário, cuja inauguração ocorreu em 2023, beneficiando moradores de Sobradinho, Fercal e Planaltina. Pela região, circulam diariamente 70 mil veículos nos dois viadutos com 1,2 km de extensão.
No Sudoeste, os motoristas que trafegam pela região também celebraram a inauguração de um viaduto específico para o local. Com o investimento de R$ 24,6 milhões e beneficiando 25 mil motoristas diariamente, a construção liga a Via Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) ao Sudoeste e ao Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek.
Novos horizontes para o Sol Nascente
Por 20 anos, o Sol Nascente fez parte da região administrativa de Ceilândia. Em 2019, a área foi desmembrada e passou a receber um olhar individual e mais atencioso. Com essa iniciativa, a cidade recebeu aporte superior a R$ 690 milhões nos últimos seis anos, além de obras que mudaram a realidade dos mais de 95 mil moradores da região. Atualmente, 95% do local possui cobertura de água potável e rede de esgoto.
Além disso, buscando oferecer mais qualidade de vida para a população, o Sol Nascente recebeu, em 2021, a primeira creche pública na região: o Centro de Educação da Primeira Infância (Cepi). O investimento de R$ 3,75 milhões permitiu que a unidade pudesse atender 188 crianças de até três anos em período integral.
Erguido na entrequadra 500/700, o Cepi possui dez salas de aula, lactário e sala de amamentação, pátio coberto, áreas de recreação com parquinho, cozinha, refeitório, salas de coordenação e de professores, guarita e paraciclos.
Para dar continuidade às melhorias na infraestrutura e à valorização da qualidade de vida no Sol Nascente, o GDF apostou também na construção de uma rodoviária para a região. A iniciativa, que movimentou R$ 4,7 milhões, faz parte do conjunto de ações voltadas para ampliar o acesso ao transporte público e facilitar a mobilidade dos moradores, especialmente daqueles que dependem diariamente de ônibus para se deslocar ao trabalho, à escola ou a outros pontos do Distrito Federal.
Além da rodoviária, a região também recebeu um grande investimento no que diz respeito ao asfalto. Os R$ 5,4 milhões trouxeram à população 5 km de pavimentação. "Hoje, aqui no Sol Nascente, é como se a cidade estivesse sendo abraçada… Passaram tantos governos, e agora sim estão olhando para a gente", emociona-se a moradora Simone Irene da Silva.
A iniciativa faz parte do programa Caminho das Escolas, coordenado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), e já levou 29,2 km de asfalto para as vias de acesso às instituições de ensino da zona rural nos últimos cinco anos, totalizando um investimento superior a R$ 35,9 milhões.
Com o fortalecimento da mobilidade urbana e o investimento em educação, a atenção à saúde da população também se tornou prioridade no Sol Nascente. Para atender a uma demanda crescente e garantir acesso digno aos serviços de saúde, a região passou a contar com Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que ampliaram significativamente a capacidade de atendimento e a resolutividade dos casos de baixa e média complexidade.
Uma década de espera
Os brasilienses celebraram, no mês de dezembro, a reabertura do Teatro Nacional Claudio Santoro. O local foi fechado em 2014 devido a irregularidades encontradas pelo Corpo de Bombeiros e pelo Ministério Público. Para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, a reabertura trata-se mais do que uma obra exitosa.
Projetado em 1958 por Oscar Niemeyer, com colaboração do pintor e cenógrafo Aldo Calvo, para ser o principal equipamento cultural da nova capital do Brasil, o Teatro Nacional teve um investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). A primeira etapa consistiu na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como na recuperação da Martins Pena.
Segurança alimentar no DF
"Proporciona a oportunidade de comer todos os dias a um preço acessível", conta Robson dos Santos Rodrigues, morador de Samambaia que frequenta os restaurantes comunitários disponibilizados pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Desde 2019, a política pública foi reforçada com a inauguração de novas unidades e a ampliação das refeições e dos dias de atendimento. As refeições que chegaram a custar R$ 3, hoje, são oferecidas a R$ 1.
Outro avanço foi a ampliação do cardápio e do atendimento dos espaços. Atualmente, 13 restaurantes comunitários funcionam de domingo a domingo, incluindo feriados, com a oferta de café da manhã e jantar pelo valor de R$ 0,50 cada. Nessas unidades, a população tem acesso a três refeições pelo total de apenas R$ 2.
