Nos últimos anos, a educação do Distrito Federal tem passado por uma verdadeira transformação, marcada por avanços que refletem o compromisso do governo com o presente e o futuro das crianças e dos jovens. Investimentos expressivos em infraestrutura — com a construção e revitalização de escolas e creches — se somam à criação de programas inovadores que fortalecem a inclusão, ampliam oportunidades e valorizam quem mais precisa.
Um dos grandes avanços no que diz respeito ao ensino na capital está relacionado à redução da fila para acesso à educação infantil. Antes, 24 mil crianças aguardavam uma oportunidade. Atualmente, esse número foi reduzido para 1,5 mil e, para 2026, a expectativa é zerá-la por completo. Além disso, em quase sete anos, foram inauguradas 27 creches e Centros de Educação da Primeira Infância (Cepis) distribuídos por todo o DF.
"Nós vamos zerar a fila das creches no Distrito Federal. Esse é um compromisso do nosso governo, e ele está sendo cumprido com planejamento, investimento e muito trabalho. Nenhuma criança vai ficar sem vaga, seja em unidades próprias, nos Cepis ou pelo Cartão Creche, em unidades conveniadas", destacou o GDF. Desde 2019, o Distrito Federal vem ampliando significativamente sua rede de atendimento à primeira infância, com a entrega de Centros de Educação da Primeira Infância (Cepis) e creches em diversas regiões administrativas.
Ao todo, 27 unidades foram inauguradas nesse período, beneficiando comunidades em locais como Samambaia, Ceilândia, Planaltina, Paranoá, Santa Maria, Gama, Taguatinga e outras regiões. Entre os destaques recentes estão o Cepi Vila Telebrasília, no Plano Piloto, o Cepi Estrutural, no SCIA, e o Cepi Abelha Mirim, em Santa Maria, todos entregues entre 2024 e 2025.
Além das unidades já em funcionamento, outras oito creches estão em fase de construção, como o Cepi Seriema e o Cepi Q 805, ambos no Recanto das Emas, e o Cepi Elefante Babu, no Guará. As obras têm previsão de conclusão entre o segundo semestre de 2025 e o fim de 2026.
O avanço também é impulsionado pelo Cartão Creche, que garante vagas em instituições credenciadas. O programa praticamente dobrou o número de atendidos em quatro anos, passando de 5.174 crianças em 2021 para 9.862 em agosto de 2025. No total, 33.718 crianças já foram contempladas desde o início da iniciativa.
Para a Secretaria de Educação, o Cartão Creche representa uma conquista importante para as famílias do Distrito Federal. "Desde sua implementação, em 2021, o programa ampliou significativamente o número de vagas, garantindo acesso à educação infantil de qualidade, próxima à residência das crianças", afirma a pasta.
Joaquim, de 4 anos, frequenta uma creche credenciada do GDF, em Ceilândia Norte. Sua mãe, Patrícia Lemos, indica que o filho faz cinco refeições, toma banho, dorme e brinca com os coleguinhas. Ela ressalta que, desde novembro de 2024, essa rotina só é possível graças ao Cartão Creche.
"Eu fiquei sabendo do Cartão Creche por meio do site do GDF e corri atrás para ser contemplada. No mesmo dia, consegui a vaga. Foi muito bom porque agora eu consigo trabalhar e cuidar da casa. Aqui tem nutricionistas, professores e ele aprende muito. Eu vejo que o Joaquim está mais esperto, alegre, extrovertido e interage bem com as outras crianças", celebra.
Ultrapassando barreiras
Em 2023, foi inaugurada a primeira creche pública rural da história do Distrito Federal. A unidade está localizada no Núcleo Rural Pipiripau II, em Planaltina. Próxima à BR-020, o local tem 238 m² de área construída e recebeu investimento de quase R$ 500 mil. A creche promove educação infantil para 30 crianças de até 3 anos de idade da região, incluindo assentamentos rurais.
No mesmo ano, o GDF também entregou mais uma unidade em zona rural: a unidade no Núcleo Rural Jardim II, no Paranoá, com investimento de mais de R$ 360 mil. A unidade tem capacidade para acolher 35 crianças com idades entre 1 e 4 anos em regime integral ou nos turnos matutino e vespertino.
"Antes eu não tinha como deixar minha filha. Estava tendo que faltar serviço. Com a creche aqui, é uma ajuda completamente maravilhosa. Nós não temos o que reclamar, só agradecer por tudo", comemora a moradora da região, Ana Cristina dos Santos Martins.
O olhar atencioso para a zona rural também envolve os caminhos que levam crianças e jovens para a educação. Neste ano, o governo levou pavimentação para estrada rural no Paranoá. Com a imprimação no km 8,5 da DF-250, o trecho faz parte do programa Caminho das Escolas, que busca garantir mais segurança e acessibilidade para estudantes e moradores da região.
A intervenção deve impactar diretamente cerca de 1,5 mil pessoas. Entre os beneficiados, estão cerca de 300 alunos da Escola Natureza, que passam a contar com um acesso mais seguro entre as residências e a unidade de ensino. Milhares de alunos das áreas rurais da capital do país hoje vivem uma nova realidade. Estima-se que, desde 2019, houve o investimento de R$ 33,6 milhões para levar asfalto a quase 24 quilômetros de antigas estradas de terra e rodovias precárias
Na comunidade rural do Buritizinho, em Água Quente, foi implementado 150 metros de asfalto. Para os moradores da região, a obra representou dignidade e o fim de um pleito que perdurava por décadas. "Passei anos brigando por esse pedacinho. Fiz mais de 30 ouvidorias até que este GDF atendeu nosso pedido. Antes, a água da chuva descia com força, invadindo as lojas e casas. O local era uma calamidade, cheio de valas e acidentes. Hoje, o cenário é completamente diferente, e temos muito a agradecer", destaca o comerciante Pedro Freitas.
Ítalo Henrique, professor do Centro Educacional Incra 09 de Ceilândia, indica que as escolas rurais enfrentam dilemas próprios – desde a acessibilidade para o acesso do aluno ou de materiais. No entanto, com os investimentos, o ensino na região é mantido e passado de pai para filho.
"Observamos que gerações estudaram naquelas escolas de avós, pais e filhos. Além de manter o acesso à educação para essa população, a gente observa a proximidade da história daquela civilização com a escola”, informa. Para o profissional, as instituições de ensino não possuem apenas o papel educacional, mas também social. Por essa razão, garantir o acesso de crianças e jovens às escolas torna-se essencial.
Sabendo da importância de incentivar a formação na capital, os investimentos na educação são variados. De acordo com o GDF, o número de escolas públicas cresceu de 119 para 840 em 2024. O aumento no número de unidades escolares acompanhou o crescimento do número de alunos, que subiu para mais de 450 mil em 2024, refletindo a expansão da população e das taxas de matrícula, além de um maior acesso à educação.
Buscando auxiliar na formação dos estudantes de forma integral, também foi sancionado um projeto de lei que cria o Cartão Uniforme Escolar no DF. O benefício tem o intuito de assegurar uniformes a cerca de 400 mil estudantes da rede pública com investimento de mais de R$ 200 milhões, além de estimular a produção local, que terá direito a uma linha de crédito específica a ser lançada pelo BRB. O anúncio foi feito no início do mês de outubro.
A partir de janeiro, as crianças já poderão contar com uniforme novo. Um alívio para o bolso dos pais e um alento para pequenas malharias e costureiras que foram cadastradas para esse programa. "Ao garantirmos o acesso a uniformes para cada um dos nossos estudantes, removemos uma barreira importante e asseguramos que todos os alunos estudem com dignidade. Estamos investindo no futuro e reafirmando que o lugar de cada criança e adolescente é na escola. Somado a isso, fomentamos a economia e a inclusão. É um programa de grande importância", destaca a pasta.
Universidade Pública Distrital
Mais uma conquista educacional para a população do DF diz respeito à criação da Universidade do Distrito Federal (UnDF). Com a implementação da instituição, o GDF conseguiu aprovar uma lei que materializa a possibilidade de oferta de educação superior pública distrital gratuita, reverberando para a formação dos jovens e dos próprios servidores do DF a retornar na forma de prestação de serviços e cidadania para a sociedade local e impulsionando a relação de ensino, pesquisa e extensão à luz da resolução dos problemas locais e de uma metodologia de ensino inovadora.
Projeto sonhado desde a inauguração de Brasília, a UnDF leva o nome do professor Jorge Amaury Maia Nunes, morto em 2021, que foi um dos líderes da luta pelo surgimento da entidade. As atividades da universidade começaram em 2023. O campus do Lago Norte foi erguido com o investimento de R$ 1,2 milhão e dispõe de um prédio de 6,2 mil m², com 42 salas para usos pedagógico e administrativo.
“Sempre tive vontade de estudar numa universidade pública, de cursar psicologia e gostei muito de ter essa oportunidade agora. Acho que vai ser muito bom porque é uma possibilidade de transição de carreira e uma realização pessoal também. Daqui a cinco anos, espero estar formada, fazendo parte da história da primeira turma de psicologia da UnDF. Estou bem feliz”, celebra a estudante Bruna da Silva Costa.
