Matéria escrita por Gabriella Collodetti, jornalista do CB Brands, estúdio de conteúdo do Correio Braziliense.
Com duas décadas de atuação em Brasília, o Pódion une o alto desempenho cognitivo ao desenvolvimento humano integral. Na capital, a instituição é conhecida devido à preparação dos seus alunos para os vestibulares mais concorridos, ao mesmo tempo em que prioriza o bem-estar estudantil. Além de oferecer um ensino de alta qualidade, o colégio investe no desenvolvimento pessoal, na saúde emocional e na confiança dos estudantes, formando jovens preparados tanto academicamente quanto para os desafios da vida cotidiana.
Consolidada há sete anos como primeiro lugar no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) no Distrito Federal, a instituição também detém as maiores notas da história do Programa de Avaliação Seriada (PAS), da Universidade de Brasília (UnB), tanto em escore bruto quanto em argumento, além dos melhores índices de aprovação do DF em universidades públicas, incluindo as paulistas.
“A nossa visão de formação integral está exatamente no equilíbrio entre duas grandes frentes: a formação acadêmica sólida e a preparação do estudante para a vida. Costumo dizer que o Pódion é um Pódion para cada fase da vida. Em cada etapa, o estudante é desafiado de forma intencional e adequada à sua faixa etária. Desenvolvemos não apenas conteúdos, mas também resiliência, disciplina, organização, autonomia e gestão das emoções”, informa George Gonçalves, diretor-geral do Colégio Pódion.
O diretor explica que essas habilidades são trabalhadas desde o Ensino Fundamental, consolidadas ao longo da trajetória escolar e complementam o aprendizado acadêmico, não apenas para os exames externos, mas para a vida adulta. "É isso que entendemos, de fato, como formação integral", avalia.
O resultado são estudantes aprovados em exames nacionais e internacionais, em cursos de alta demanda, tanto pelo acesso via ENEM, vestibulares tradicionais e SISU, quanto em universidades internacionais, principalmente norte-americanas. Além disso, George conta que vários alunos do Pódion são aprovados com bolsas significativas no exterior, o que comprova que eles estão preparados não apenas para os exames brasileiros, mas também para enfrentar com êxito processos seletivos internacionais, que exigem competências ainda mais amplas.
Para isso alcançar esse resultado, a instituição desenvolveu recentemente um núcleo de orientação para universidades internacionais, voltado a auxiliar os alunos interessados nesse tipo de processo seletivo, que é totalmente diferente do modelo brasileiro. Isso porque, segundo o diretor-geral, as universidades estrangeiras valorizam não apenas conteúdo, mas também perfil, histórico acadêmico, atividades, projetos, protagonismo e competências socioemocionais.
“Esse núcleo já está em funcionamento, mas será fortemente ampliado nos próximos anos, diante do crescente interesse dos nossos alunos por universidades fora do Brasil”, comenta. Um dos erros comuns entre os estudantes é pensar que é necessário criar uma carga horária paralela específica para seguir esse caminho. No entanto, ele desmistifica: “a boa preparação para os exames nacionais, aliada a uma orientação adequada desde os anos finais do Ensino Fundamental ou início do Ensino Médio, já cria as condições para que o estudante chegue ao final do terceiro ano plenamente competitivo também nos processos seletivos internacionais”.
Na instituição, a carga horária é utilizada de forma pedagógica e estratégica. George pontua que ela é utilizada para atividades com objetivos educacionais bem definidos. Por essa razão, desde o primeiro ano do Ensino Médio do Pódion, os alunos possuem uma rotina estruturada de estudo dirigido, em que o conteúdo é trabalhado por meio de exercícios e questões de vestibulares. Com o apoio direto do professor, é possível aprofundar em temas variados.
No terceiro ano, essa metodologia ganha ainda mais força por meio de uma dinâmica de treinamento semanal para o ENEM, ao longo do segundo semestre. Os alunos fazem listas de todas as matérias, com questões organizadas por nível de dificuldade e alocadas conforme a eficiência de cada estudante. "Em poucas semanas, já observamos um crescimento muito expressivo nos simulados", afirma.
O professor e diretor de Projetos do Colégio Pódion, Victor Tibúrcio, ressalta que, nesse percurso preparatório, a instituição atua integrando o desenvolvimento cognitivo ao socioemocional. "Entendemos que essas duas dimensões estão profundamente interligadas", comenta. Para ele, essas dimensões do crescimento humano devem estar em equilíbrio.
Por essa razão, desde o Ensino Fundamental I, há uma intencionalidade nesse trabalho. Victor contextualiza que o Pódion é uma escola de tempo integral em várias fases, o que permite criar momentos específicos para o desenvolvimento emocional, o entendimento das emoções em cada faixa etária, o bem-estar e a formação de valores.
"Ao longo do processo, o desenvolvimento cognitivo também é continuamente ajustado às demandas de cada etapa. O grande objetivo é que os desafios surjam no momento em que o estudante já está preparado para enfrentá-los, evitando que se tornem traumáticos. Isso fica muito claro quando observamos os alunos que chegam ao Ensino Médio: eles já chegam mais seguros, maduros e preparados, justamente por essa preparação construída ao longo dos anos", comenta.
Construção da resiliência
O professor e diretor de Projetos do Colégio Pódion explica que o Pódion busca garantir que o alto desempenho não comprometa o bem-estar emocional dos estudantes. Para isso, desde o Fundamental I é trabalhado o emocional, os desafios da vida, as frustrações e a construção da resiliência. Cada fase, segundo Victor, tem seus próprios desafios e o objetivo da instituição é que o aluno aprenda a se fortalecer.
“Quanto mais preparado emocionalmente ele chega ao Ensino Médio, mais saudável esse período se torna. Trabalhamos para que o estudante chegue forte emocionalmente, confiante, acreditando em si mesmo, e ao mesmo tempo bem preparado academicamente”, aponta. Além disso, também é realizada uma preparação contínua dos professores para que sejam sempre acolhedores.
Sabe-se que, atualmente, a ansiedade é um dos grandes desafios escolares. Não apenas pela rotina, mas por toda a realidade vivenciada pelos estudantes. “Por isso, trabalhamos esse tema de forma muito atenta e individualizada”, defende Victor. Para isso, são observados sinais de queda de desempenho, mudanças de comportamento, relatos dos alunos e das famílias. A equipe de orientação atua diretamente nesses casos. No terceiro ano, período que antecede os exames externos, o cuidado é ainda maior.
“Buscamos organizar o ano letivo de forma que o aluno chegue nessa fase seguros de que estão preparados. Além disso, promovemos ações específicas, como atividades com psicólogo por meio de trabalhos corporais e acompanhamento especializado. Também contamos com o apoio de uma psiquiatra para casos mais complexos”, diz.
Resultados expressivos
Em 2025, a escola registrou resultados expressivos em diferentes vestibulares. Na área de medicina, foram 19 aprovações na Universidade de Brasília (UnB), 12 na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) e 80 em universidades públicas de todo o país. Para cursos gerais na UnB, o total de ingressos chegou a 177, enquanto universidades paulistas contabilizaram 67 aprovações. No panorama nacional, 221 estudantes foram aprovados em diversas instituições, sendo 116 por meio do Sisu.
Além disso, nos últimos seis anos, a escola registrou resultados expressivos em diversas frentes. Foram 260 aprovações em cursos de medicina em universidades públicas e 929 ingressos em universidades de todo o país, incluindo 209 em instituições paulistas e 68 no ITA e IME. Pelo Sisu, 713 estudantes conquistaram vagas. A presença internacional também se destacou, com 54 aprovações em universidades estrangeiras, a maioria com bolsas de estudo. Além disso, os alunos acumularam 1.077 medalhas em olimpíadas científicas.
Gustavo Jacobina, ex-aluno do Pódion, é um dos alunos de destaque da instituição por ter obtido o maior argumento da história do PAS na soma das três etapas. Ele conta que, durante os três anos do Ensino Médio, teve todo o suporte necessário: orientação, material, acompanhamento e professores extremamente preparados.
"Não tenho absolutamente nada a reclamar de tudo que foi oferecido. A escola teve um papel decisivo no meu resultado. Por mais que disciplina e foco sejam fundamentais, alcançar um resultado desse nível seria simplesmente inatingível sem a estrutura certa, as ferramentas corretas e o direcionamento adequado", avalia.
Para conquistar esse resultado, Gustavo conta que foi feita uma construção com muita dedicação. No entanto, ainda com muito empenho, essa conquista foi uma surpresa. "Eu só fui ter a real dimensão do feito meses depois, quando soube oficialmente que havia sido o maior argumento da história do PAS até então", destaca.
A preparação foi muito sólida, mas, para ele, não foi apenas reflexo do meu esforço individual. Houve toda uma conjuntura ao seu redor que possibilitou esse resultado: escola, professores, estrutura, colegas e apoio constante.
No que diz respeito aos estudos, ele conta que o que mais o auxiliou foi a preparação totalmente voltada ao PAS. "Desde o início, eu sempre estive muito focado nessa prova e tive o privilégio de estar em um ambiente que também estava preparado para isso. Consegui construir uma base teórica muito forte, aliada a uma rotina constante de resolução de exercícios e provas antigas", afirma.
Para não perder o ritmo, Gustavo conta que organizava o seu tempo acompanhando o que os professores passavam em sala, mas para agregar, sempre reservava um espaço específico para revisar os conteúdos em que tinha mais dificuldade ou que considerava mais importante.
"Buscava, pelo menos uma vez por mês, fazer uma prova antiga ou um simulado completo. Isso me ajudava a resgatar conteúdos que não estavam tão bem consolidados e a identificar pontos de insegurança. Durante a semana, eu sempre separava ao menos um dia focado exclusivamente nesses ajustes", destaca.
Para quem deseja seguir os mesmos passos, ele indica: a principal estratégia é treinar. "É normal ter dias de rendimento alto e dias de rendimento baixo, isso faz parte do processo. O mais importante é não desistir, continuar treinando, fazer provas antigas, buscar exercícios, estudar teoria e estar sempre evoluindo. E, acima de tudo, é fundamental estar em um ambiente que ofereça suporte real, tanto da escola quanto dos amigos. Ter pessoas ao seu lado, caminhando junto, torna tudo mais possível", aconselha.
