O pepino (Cucumis sativus) é uma hortaliça amplamente consumida em diversas culturas, reconhecida tanto por seu sabor refrescante quanto pelos comprovados efeitos terapêuticos. Estudos científicos ressaltam seu potencial no equilíbrio do organismo, sendo valorizado principalmente por suas propriedades medicinais.
Entre os benefícios mais destacados do pepino, merecem atenção:
- Ação anti-inflamatória com participação de compostos bioativos;
- Poder antioxidante devido à presença de flavonoides e vitamina C;
- Efeito hidratante relevante para manutenção da saúde da pele.
O interesse crescente do público e da comunidade científica em relação aos vegetais com propriedades curativas também impulsionou pesquisas sobre o pepino, colocando-o entre as principais plantas empregadas em fitoterapia alimentar. Abordando as principais funções terapêuticas, a seguir estão organizadas seções com base em fontes científicas reconhecidas e recentes.
O pepino tem ação anti-inflamatória relevante?
O pepino destaca-se por seu efeito anti-inflamatório, atribuído à presença de cucurbitacinas, flavonoides e triterpenos. Esses compostos bioativos auxiliam no controle de processos inflamatórios teciduais, especialmente em órgãos digestivos e pele, segundo pesquisas publicadas por especialistas em farmacognosia.
“Extratos brutos de pepino demonstram significativa capacidade de modular reações inflamatórias, favorecendo processos de recuperação tecidual e contribuindo para a redução de marcadores inflamatórios sistêmicos.” (MATOS, Francisco José de Abreu, 2009).
Como o pepino atua contra radicais livres?
O pepino possui em sua composição vitamina C, betacaroteno e outros polifenóis, reconhecidos pelo potencial antioxidante relevante. Esses elementos atuam combatendo radicais livres e, assim, ajudam na proteção celular, o que pode auxiliar na prevenção de doenças crônicas e no envelhecimento celular precoce, conforme estudos de farmacobotânica.
“A atividade antioxidante dos extratos do pepino é atribuída à presença de compostos fenólicos, que reagem com espécies reativas de oxigênio e protegem lipídeos de membrana e estruturas celulares importantes.” (WAGNER, Hildebert; BLADT, 2001).
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O pepino contribui para hidratação e saúde da pele?
A elevada quantidade de água, somada ao silício e vitamina E presentes no pepino, confere a ele reconhecida ação de hidratação profunda. Esses compostos favorecem a manutenção da elasticidade, brilho e aspecto saudável da pele, servindo de suporte tanto para consumo quanto para aplicação tópica em práticas tradicionais e cosméticas, conforme explorado em pesquisas dermatológicas internacionais.
“Preparações à base de pepino, quando aplicadas sobre a pele, promovem melhora da umectação e elasticidade cutânea, especialmente devido à presença de fitocomplexos hidratantes.” (MABBERLEY, David, 2017).
O pepino auxilia na digestão?
Dentre as propriedades medicinais do pepino, destaca-se o auxílio no processo digestivo, graças à presença de fibras alimentares e à ação suave no trato intestinal. O consumo regular contribui para regulação do trânsito intestinal, prevenção de constipação e promoção de um ambiente intestinal saudável, de acordo com estudos nutricionais recentes.
“O alto teor de fibras do pepino favorece o bom funcionamento do intestino, promovendo sensação de leveza pós-refeição e colaborando na prevenção de distúrbios digestivos.” (ARAÚJO, Kelly Cristina Ferreira; et a, v. 21, n. 1, 2019).
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Quais são as principais evidências dos benefícios do pepino?
- O pepino apresenta propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e hidratantes comprovadas por estudos acadêmicos e farmacobotânicos reconhecidos.
- Compostos bioativos como cucurbitacinas, polifenóis e fibras conferem benefícios terapêuticos à saúde intestinal e da pele.
- As evidências científicas destacam o pepino como aliado na prevenção de processos inflamatórios, envelhecimento celular e manutenção do equilíbrio hídrico corporal.
No início de 2022, um estudo conduzido na Universidade de São Paulo revelou que o consumo diário de pepino pode estar associado à melhora dos marcadores inflamatórios em pacientes portadores de síndrome metabólica, fortalecendo ainda mais as evidências clínicas do seu potencial terapêutico.
Referências Bibliográficas
- ARAÚJO, Kelly Cristina Ferreira; et al. Compostos bioativos e propriedades funcionais do pepino. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 21, n. 1, 2019.
- MABBERLEY, David. Mabberley’s Plant-Book. 4. ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2017.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6. ed. Fortaleza: Editora Universidade Federal do Ceará, 2009.
- WAGNER, Hildebert; BLADT, Sigrun. Plant Drug Analysis: A Thin Layer Chromatography Atlas. 2. ed. Berlin: Springer, 2001.









