Recentemente, o Ministério da Saúde modificou suas diretrizes em relação à detecção precoce do Câncer de Mama. Anteriormente, a recomendação era para que mulheres realizassem a mamografia a partir dos 50 anos. No entanto, a nova orientação inclui mulheres de 40 a 49 anos, uma faixa etária que, segundo dados, concentra 23% dos casos da doença. Essa mudança visa aumentar as chances de cura por meio da detecção precoce.
A inclusão dessa faixa etária no programa de mamografia do Sistema Único de Saúde (SUS) reflete a necessidade de abordagem preventiva no combate ao câncer de mama. Esta decisão foi fundamentada na observação de que muitas mulheres nessa faixa etária enfrentavam dificuldades para realizar o exame devido à falta de sintomas ou de histórico familiar significativo. Com a nova diretriz, as mulheres são encorajadas a discutir com seus médicos a necessidade do exame, sendo informadas sobre os benefícios e possíveis desvantagens do rastreamento.
Por que a detecção precoce é essencial?
O Câncer de Mama é uma das principais causas de morte entre as mulheres, causando cerca de 37 mil casos anualmente no Brasil. A detecção precoce dessa doença aumenta significativamente as chances de tratamento eficaz e cura. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 60% dos casos se concentram na faixa etária entre 50 e 74 anos. Com a ampliação da faixa etária para rastreamento preventivo, estende-se agora de 50 a 74 anos, comparável a práticas internacionais adotadas em países como a Austrália.
Quais iniciativas estão sendo tomadas para apoiar essa mudança?
Fazem parte das novas estratégias a utilização de 27 carretas de saúde da mulher, que já estão operando em 22 estados. Essa iniciativa faz parte do programa “Agora Tem Especialistas”, que visa reduzir o tempo de espera no atendimento do SUS. Nessas unidades móveis, são oferecidos diversos serviços, entre eles mamografia, ultrassonografia, e consultas médicas, inclusive por telemedicina.

Além disso, a aquisição de 60 kits de biópsia, equipados com mesa de biópsia estereotática e tecnologia de raio-X de imagem 2D e 3D, promete melhorar a precisão diagnóstica. Isso auxilia na redução da necessidade de repetir procedimentos e aumenta a eficácia do diagnóstico.
Como os novos medicamentos influenciam o tratamento do Câncer de Mama?
Outra medida adotada pelo Ministério é a inclusão de novos medicamentos no tratamento doCâncer de Mama pelo SUS. O trastuzumabe entansina, por exemplo, será disponibilizado para mulheres que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial. Essa decisão promete melhorar a resposta ao tratamento e oferecer mais opções terapêuticas às pacientes.
Essas mudanças representam um passo significativo na luta contra o Câncer de Mama no Brasil, visando um diagnóstico mais cedo, melhor acesso a tratamentos e, consequentemente, aumento na taxa de sobrevida das pacientes. O compromisso do Ministério da Saúde, especialmente com a ampliação do acesso e os novos tratamentos, é essencial para aprimorar o cuidado com a saúde das mulheres no país.
Entre em contato:
Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271








