O Dia Mundial da Urticária, celebrado em 1º de outubro, concentra esforços em aumentar a conscientização sobre esta condição cutânea que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A Urticária manifesta-se através de coceira intensa, vermelhidão e inchaços na pele, podendo causar um desconforto considerável e impacto na qualidade de vida dos pacientes. O problema pode exacerbar-se ao ponto de interferir no sono e no equilíbrio emocional, com riscos de evoluir para condições mais severas, como a depressão.
No Brasil, a Urticária crônica acomete cerca de 1 em cada 250 indivíduos, enquanto a forma aguda pode atingir até 20% da população global em algum momento da vida. Esta condição dermatológica é comumente mal interpretada como uma simples reação alérgica, porém possui implicações mais complexas. Entre seus potenciais causadores, destacam-se alterações imunológicas, doenças autoimunes, infecções e até mesmo o estresse. É crucial reconhecer os sintomas, especialmente quando persistem por mais de 48 horas, pois podem indicar situações graves.
O que desencadeia a Urticária?
A Urticária é frequentemente precipitada por uma série de fatores, desde reações alérgicas a alimentos e medicamentos até condições autoimunes e infecciosas. Alterações no sistema imunológico, como as encontradas em doenças da tireoide, lúpus e mastocitose, são bastante comuns. Além disso, infecções internas, como as urinárias ou causadas por parasitas intestinais, estão entre os possíveis gatilhos. Deve-se prestar atenção também ao estresse emocional, que pode piorar ou desencadear crises.

Quando procurar atendimento médico?
A consulta médica torna-se essencial quando os sintomas de Urticária duram mais de dois dias, especialmente se acompanhados por sinais de anafilaxia, tais como inchaço da boca ou garganta, dificuldades respiratórias, ou reações intensas como vômitos e desmaios. Embora raramente evolua para choque anafilático, a urgência médica é necessária para prevenir complicações maiores e iniciar um tratamento adequado e direcionado.
Quais são os tratamentos disponíveis?
O tratamento para Urticária varia conforme a gravidade dos sintomas e a resposta do paciente aos medicamentos. Anti-histamínicos são a primeira linha de defesa, ajudando a controlar a coceira e o desconforto. Em situações mais críticas, o uso de corticoides ou imunossupressores pode ser indicado, além de medicamentos biológicos para casos refratários. É importante ressalvar que a automedicação pode mascarar sintomas e atrasar o diagnóstico correto. Portanto, o tratamento deve ser sempre supervisionado por profissionais qualificados.
A Urticária pode indicar outras condições de saúde?
Sim, a Urticária pode ser um sintoma de condições subjacentes mais sérias, ainda que isso não ocorra em todos os casos. A persistência dos sintomas ou a ocorrência de Urticária vasculite, por exemplo, pode indicar alterações imunológicas como o lúpus. Investigações detalhadas, incluindo exames de sangue, biópsias de pele e testes de alergia, são frequentemente requeridas para elucidar a origem da urticária e garantir um tratamento preciso.
Com iniciativas globais como o Dia Mundial da Urticária, espera-se que o entendimento sobre essa condição aumente, possibilitando diagnósticos mais céleres e tratamentos mais eficazes, devolvendo qualidade de vida aos afetados. A orientação médica permanece como peça-chave na prevenção de complicações e no manejo de sintomas, ressaltando a importância de uma abordagem responsável e informada frente à Urticária.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271








