O caqui (Diospyros kaki) é um fruto de origem asiática, amplamente cultivado e consumido, que se destaca por seu sabor doce e sua riqueza em compostos bioativos. Este alimento funcional vai além do paladar, oferecendo importantes propriedades medicinais validadas pela pesquisa científica.
- Possui forte ação antioxidante, combatendo radicais livres e protegendo contra o estresse oxidativo.
- É rico em fibras, auxiliando na saúde digestiva e no controle do colesterol.
- Contém fitoquímicos com potencial efeito anti-inflamatório, úteis na prevenção de doenças crônicas.
O caqui é eficaz na ação antioxidante e na proteção celular?
A polpa e a casca do caqui são fontes notáveis de carotenoides, como o betacaroteno, e diversos compostos fenólicos. Estes princípios ativos trabalham em sinergia para neutralizar os radicais livres, protegendo as células contra o dano oxidativo, o que retarda o envelhecimento precoce e apoia a prevenção de doenças degenerativas. Um estudo publicado na Journal of Agricultural and Food Chemistry detalha a eficácia deste fruto.
“O caqui é uma fonte valiosa de fitoquímicos, como taninos e carotenoides, que exibem forte atividade antioxidante e anti-inflamatória. Esses compostos podem ajudar a mitigar o dano oxidativo e a inflamação, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas” (PARK et al., 2012).
Para maximizar a ingestão desses antioxidantes, consuma o caqui maduro e, se possível, com a casca, após a devida higienização. Lembre-se de que a concentração de carotenoides é um fator chave nesse benefício terapêutico.
Quais os benefícios digestivos e cardiovasculares do caqui?
O caqui é uma excelente fonte de fibras dietéticas, tanto solúveis quanto insolúveis, que são cruciais para a manutenção da saúde digestiva. As fibras solúveis, como a pectina, formam um gel no intestino que auxilia na regulação do trânsito intestinal e na diminuição da absorção de colesterol. O consumo regular de fibras é um pilar da prevenção de distúrbios gastrointestinais.
“A fibra solúvel e insolúvel presente no caqui contribui para a saúde digestiva, auxiliando na formação do bolo fecal e na manutenção da microbiota intestinal. Seu consumo regular pode ajudar a prevenir distúrbios gastrointestinais” (CHEN; ZHANG, 2018).
Além da digestão, o fruto também é um aliado do coração. O caqui fornece potássio e os já citados compostos fenólicos que auxiliam na regulação da pressão arterial e na saúde dos vasos sanguíneos. Opte por consumir o fruto in natura como lanche para potencializar o impacto de suas fibras na sua rotina.

Leia também: A folha verde mais poderosa da natureza para imunidade e detox, segundo especialistas
O caqui possui propriedades anti-inflamatórias?
Sim, o potencial anti-inflamatório do caqui está intimamente ligado à sua rica composição em compostos fenólicos. Estes fitoquímicos não apenas agem como antioxidantes, mas também demonstram capacidade de modular as vias inflamatórias no organismo. Essa modulação é crucial para o controle de processos inflamatórios de baixo grau, que estão na base de muitas doenças metabólicas.
“A presença de polifenóis no caqui ativa no organismo efeitos anticancerígenos, anti-inflamatórios e antioxidantes” (DALVI, 2009).
Os extratos da fruta vêm sendo estudados para o desenvolvimento de novos nutracêuticos, provando que o caqui pode ser mais do que um simples doce natural; é uma ferramenta potente no suporte à saúde.
Caqui um alimento funcional com evidências científicas
O caqui consolida-se como um alimento funcional devido à sua complexa composição de fitoquímicos. As pesquisas validam a sua capacidade de oferecer proteção celular, suporte cardiovascular e digestivo, transformando a simples ingestão de frutas em uma estratégia de saúde preventiva.
- Os carotenoides e taninos do caqui conferem uma elevada atividade antioxidante, conforme destacado por Park e colaboradores em 2012.
- A presença de fibras solúveis é um fator chave para o seu papel na saúde digestiva e na regulação do colesterol, como detalhado por Chen e Zhang.
- A ação protetora e anti-inflamatória do fruto é atribuída à atuação de seus polifenóis, corroborando os achados de Dalvi em 2009.
Referências bibliográficas
- CHEN, Guang-Qiong; ZHANG, Wei-Ping. Nutritional components and functional properties of persimmon (Diospyros kaki L.). Journal of Food Science and Technology, v. 55, n. 11, p. 4317-4328, 2018.
- DALVI, Luana Taquette. Atividade antioxidante de extrato de polpa de caqui (Diospyros kaki, L.) da cultivar rama forte. 2009. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana) – Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
- PARK, Youngjoo et al. Evaluation of physicochemical and antioxidant properties of persimmon (Diospyros kaki) peel and flesh. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 60, n. 10, p. 2517-2521, 2012.










