Pesquisas recentes na área de Alzheimer, lideradas por cientistas brasileiros, criaram novas esperanças para o diagnóstico da doença através de avanços em exames de sangue. Estudos indicam que a proteína p-tau217 tem um potencial significativo como biomarcador em diferenciar indivíduos saudáveis daqueles com Alzheimer, apresentando alta precisão. Essa abordagem inovadora oferece uma alternativa menos invasiva e potencialmente mais acessível do que métodos tradicionais, como a análise de líquor.
O trabalho realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) destacou-se ao incluir populações de baixa escolaridade, frequentemente sub-representadas em pesquisas globais. A metodologia utilizada verificou a eficácia do p-tau217, superando 90% de precisão no diagnóstico, comparável ao padrão reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa envolveu a análise criteriosa de biomarcadores tanto no sangue quanto no líquido cefalorraquidiano de pacientes atendidos em clínicas especializadas.
Qual o papel da proteína p-tau217 no diagnóstico do Alzheimer?
A proteína p-tau217 tem emergido como uma ferramenta crucial na identificação precoce do Alzheimer. Evidências científicas confirmam sua capacidade de detectar mudanças cognitivas associadas à doença, posicionando-a como uma opção promissora para diagnósticos mais amplos e menos invasivos. Um estudo internacional, que revisou uma vasta quantidade de dados de mais de 30 mil pacientes, reconheceu essa proteína como um dos marcadores mais promissores para esse fim.

Como a escolaridade influencia a progressão do Alzheimer?
As investigações também indicaram que fatores como a escolaridade influenciam não apenas a predisposição, mas também a progressão do Alzheimer. O estudo apontou uma relação direta entre baixos níveis de educação e uma evolução mais rápida dos sintomas. Este achado reforça a importância de considerar fatores socioeconômicos no desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento da doença.
Quais são os próximos passos para o diagnóstico por exame de sangue no Brasil?
Os resultados encorajadores obtidos até agora trazem a possibilidade de implementar esses exames na rede pública, oferecendo diagnósticos de alta precisão de forma mais democrática. O Sistema Único de Saúde (SUS) poderá se beneficiar significativamente dessa tecnologia, prevista para ser testada em escala nacional nos próximos anos, com uma meta estabelecida de apresentar resultados concretos a partir de 2025.
- Facilitação no acesso ao diagnóstico precoce
- Redução nos custos de testes diagnósticos
- Possibilidades de intervenções terapêuticas mais oportunas
A crescente compreensão do Alzheimer e o desenvolvimento de métodos de diagnóstico mais acessíveis, como o exame de sangue que utiliza o p-tau217, têm o potencial de transformar a abordagem da doença. Dada a prevalência global da demência, com milhões de pessoas afetadas, tais inovações são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e o prognóstico dos pacientes em todo o mundo.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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