Um estudo recente publicado na revista PLOS Biology sugere que tocar Instrumentos Musicais ao longo da vida contribui para um envelhecimento cerebral mais saudável. Essa pesquisa evidencia que os músicos idosos apresentam capacidades cognitivas melhor preservadas, especialmente em ambientes auditivos desafiadores.
Os pesquisadores, provenientes do Canadá e da China, utilizaram ressonância magnética funcional (fMRI) para comparar a atividade cerebral de três grupos: músicos idosos, idosos que não tocam Instrumentos Musicais e jovens sem experiência musical. Durante os testes, os participantes foram desafiados a identificar sílabas mascaradas por ruídos, uma tarefa que simula dificuldades auditivas comuns em ambientes barulhentos.
Qual é a relação entre a música e a memória auditiva?
Os resultados do estudo são reveladores. Músicos idosos demonstraram um desempenho superior em tarefas auditivas comparado a seus pares não músicos. Além disso, eles mantiveram padrões de conectividade cerebral que se assemelham aos dos jovens, indicando uma organização neural mais eficiente. Esta eficiência pode ser associada a um conceito conhecido como “Hipótese da Contenção da Superativação”.
A hipótese sugere que a reserva cognitiva desenvolvida através de atividades musicais atua como uma proteção para o cérebro. Isso permite que os músicos evitem esforços excessivos para realizar tarefas cognitivas, mesmo na velhice. Em contrapartida, idosos não músicos precisaram ativar áreas cerebrais adicionais para compensar perdas auditivas relacionadas à idade.

Quais são os benefícios de adotar um estilo de vida ativo para o cérebro?
Os autores do estudo enfatizam a importância de adotar um estilo de vida ativo para manter a saúde mental ao longo dos anos. Tocar Instrumentos Musicais destaca-se como uma atividade que não só traz prazer, mas também promove benefícios cognitivos significativos. Exercícios físicos e a aprendizagem de novos idiomas são outras práticas recomendadas para mitigar os efeitos do envelhecimento cerebral.
- Promover a reserva cognitiva
- Melhorar a compreensão de fala em ambientes barulhentos
- Estimular a conectividade cerebral juvenil
Como a música impacta a qualidade de vida na terceira idade?
Além dos benefícios cognitivos, a música pode melhorar a qualidade de vida dos idosos em diversos níveis. A interação social em grupos musicais, o desafio constante de aprender novas peças e a conexão emocional proporcionada pelas melodias são aspectos que enriquecem a experiência dos praticantes. Ademais, evidências indicam que a prática musical pode ser uma atividade benéfica para o bem-estar emocional e mental.
Em um mundo onde a expectativa de vida continua a aumentar, atividades que sustentam a saúde cerebral tornam-se ainda mais relevantes. O estudo fortalece a ideia de que nunca é tarde para começar: a música pode ser uma aliada valiosa na promoção de uma vida mentalmente ativa e saudável.
A arte de aprender algo novo com a música
Portanto, explorar o aprendizado musical pode ser visto como um investimento em saúde mental e bem-estar futuro. Seja através de aulas, workshops ou autodidata, essa abordagem ativa ao envelhecimento oferece não apenas uma maneira de preservar capacidades cognitivas, mas também um caminho para uma vida mais rica e satisfatória.
A conexão entre a música e a saúde cerebral é um campo em expansão, e estudos como este apenas reforçam seu potencial. À medida que se busca viver de forma mais saudável por mais tempo, considerar a inclusão da música na rotina diária pode fazer uma diferença substancial na qualidade de vida.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271









