O cenário demográfico brasileiro está passando por mudanças significativas, trazendo à tona uma nova perspectiva para a maturidade. Com o aumento notável da população idosa no Brasil, estima-se que, até 2031, aqueles com 60 Anos ou mais superarão a população entre 0 e 14 anos. Esse fenômeno demográfico renova as discussões sobre o envelhecimento e dinamiza os papéis sociais dos idosos no país.
Nesse contexto, a percepção de envelhecer está sofrendo uma metamorfose. Em vez de um período de dependência e fragilidade, muitas pessoas veem essa fase como uma oportunidade de reinvenção e crescimento pessoal. Como afirma a Dra. Polianna Souza, médica geriatra, essa fase da vida agora é associada a novas descobertas e à busca incessante pela qualidade de vida.
O que está por trás da mudança de perspectiva sobre a maturidade?
A transformação no entendimento do que significa envelhecer está sendo impulsionada por uma combinação de fatores sociais e culturais. Primeiramente, é preciso destacar a importância da saúde e do bem-estar emocional dos idosos. Hoje, muitos escolhem continuar ativos no mercado de trabalho, seja empreendendo ou ocupando posições que os mantenham intelectualmente engajados. A longevidade deixa de ser simplesmente um prolongamento do tempo de vida, tornando-se uma etapa repleta de potencialidades.

Quais são os desafios enfrentados pelos idosos na sociedade moderna?
Ainda existem desafios a serem superados para garantir que essa nova geração de idosos alcance seu pleno potencial. Entre eles, a necessidade de políticas públicas que garantam qualidade de vida e acesso a serviços básicos. O aspecto emocional, conforme ressalta o psicólogo Francisco Carlos Gomes, é crucial para que os idosos mantenham a autonomia e um propósito de vida ativo. Esses elementos são essenciais para enfrentar as mudanças naturais do envelhecimento com resiliência.
Como a sociedade pode contribuir para um envelhecimento mais ativo?
Para que essa transformação se concretize, é fundamental que a sociedade se adeque a essa nova realidade. Isso inclui iniciativas voltadas para a inclusão social dos idosos, promovendo sua participação em diversos âmbitos, desde o mercado de trabalho até atividades culturais e sociais. Ademais, é crucial promover uma imagem positiva e realista dos idosos, enfatizando suas capacidades e contribuições para a sociedade.
Em síntese, o mês do idoso vem para lembrar que envelhecer é uma jornada de crescimento e aprendizado contínuo. É imprescindível que a sociedade reconheça e celebre suas conquistas, garantindo que a última fase da vida seja vivida com dignidade, respeito e, acima de tudo, liberdade. O envelhecimento ativo deve ser um esforço conjunto de políticas públicas, iniciativas comunitárias e apoio social.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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