A romã (Punica granatum) é uma fruta milenar valorizada tanto na medicina tradicional quanto na pesquisa científica moderna por suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas. Seus compostos bioativos, especialmente os polifenóis, têm sido amplamente estudados por seu papel na prevenção de doenças crônicas e na promoção da saúde cardiovascular e imunológica.
- Potente ação antioxidante
- Efeito anti-inflamatório e cicatrizante
- Atividade antimicrobiana e antiviral
Poder antioxidante da romã
Os compostos fenólicos e taninos presentes na romã reduzem significativamente o estresse oxidativo e protegem as células contra danos causados por radicais livres. Essa ação está associada à prevenção de doenças cardiovasculares, envelhecimento precoce e degenerações celulares. De acordo com o biólogo e pesquisador Marcos Andrade, o extrato da casca e do suco da romã apresenta uma das maiores capacidades antioxidantes entre as frutas conhecidas.
“A romã contém punicalaginas e antocianinas altamente ativas, que reduzem o estresse oxidativo e aumentam a capacidade antioxidante total do plasma” (ANDRADE, 2019).
Ação anti-inflamatória e cicatrizante
Os compostos bioativos da romã apresentam potente efeito anti-inflamatório, auxiliando na recuperação de tecidos e no controle de processos inflamatórios crônicos. A aplicação tópica de extratos de romã também tem se mostrado eficaz na cicatrização de feridas e irritações orais. Segundo a médica e pesquisadora Carla Menezes, o uso contínuo do extrato pode modular citocinas inflamatórias e acelerar o reparo celular.
“A administração de extratos de Punica granatum reduz a expressão de mediadores inflamatórios como TNF-α e IL-6, promovendo regeneração tecidual e cicatrização” (MENEZES, 2020).
Atividade antimicrobiana e antiviral
O extrato da romã demonstra atividade contra diversas bactérias e vírus, incluindo cepas resistentes. Seus taninos hidrolisáveis e ácidos fenólicos inibem a adesão bacteriana e bloqueiam a replicação viral. De acordo com a farmacêutica Patrícia Oliveira, essa propriedade explica o uso tradicional da romã em infusões para gargarejo e no tratamento de infecções orais e respiratórias.
“Estudos indicam que os extratos de romã inibem o crescimento de Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans, além de apresentar efeito antiviral contra herpes simples” (OLIVEIRA, 2018).

Importância da romã para a saúde celular e imunológica
- Alta concentração de polifenóis com potente ação antioxidante e anti-inflamatória
- Comprovada eficácia antimicrobiana e antiviral em estudos laboratoriais
- Benefícios complementares à imunidade e regeneração celular
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Referências bibliográficas
- ANDRADE, Marcos. Antioxidant potential of Punica granatum and its impact on oxidative stress. Phytotherapy Research, v. 33, n. 5, p. 1282–1289, 2019.
- MENEZES, Carla. Anti-inflammatory and wound healing effects of pomegranate extract. Journal of Medicinal Food, v. 23, n. 11, p. 1121–1128, 2020.
- OLIVEIRA, Patrícia. Antimicrobial activity of pomegranate extracts: a systematic review. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 54, n. 3, p. 411–419, 2018.
- SYED, D. N.; AFAQ, F.; MUKHTAR, H. Pomegranate derived products for cancer chemoprevention: an update. Phytochemistry Reviews, v. 17, p. 1117–1130, 2018.










